Escuteiros de todas as gerações em Fátima

50 anos da Fraternidade Nuno Álvares Vindos de todo o pais, de autocarro, automóvel e bicicleta, milhares e milhares de escuteiros de todas as gerações e seus familiares, estiveram em Fátima, numa jornada de Fé e Louvor a Maria – Mãe dos Escutas, num dia inesquecível de confraternização de vivência associativa. Presentes milhares de adultos que na sua juventude foram escuteiros no CNE, apresentaram-se com os lenços que então usavam, ou com camisolas e sinais de grandes eventos escutistas em que participaram, desde Acampamentos Nacionais e Regionais aos Jamborees Mundiais. Junto a eles, lobitos, exploradores, pioneiros, caminheiros, dirigentes do CNE e os de lenço castanho que também na sua juventude estiveram nos Escutismo Católico Português, e que continuam com o mesmo ideal, enfrentando outros desafios, agora juntos na Fraternidade de Nuno Álvares (FNA). No desfile até à Capelinha, centenas de bandeiras representativas das unidades escutistas; Agrupamentos do CNE, Núcleos da FNA, precedidas pelas Nacionais de ambas as associações deram um colorido extraordinário à cerimónia. Presidiu D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa – também escuteiro na sua juventude – tendo a seu lado o Assistente Nacional do CNE e outros Assistentes no Escutismo, que no fim da Missa, anunciou a “Bênção Apostólica penhor de graças e favores celestiais” que João Paulo II concedeu à FNA. De seguida foi o momento solene da Consagração da Fraternidade de Nuno Álvares ao Imaculado Coração de Maria. Após a sempre sentida e comovente procissão do Adeus, muitos mantiveram-se ainda no recinto a recordar caras que há muito não viam. Num dos parques do Santuário foi o almoço partilhado, em fraterno espírito Escutista, cantaram o “Adeus”, e regressaram às suas terras onde, seguramente, continuarão a praticar “a boa acção de cada dia” honrando a sua promessa de estarem sempre “alerta para servir”. A actividade foi promovida e organizada pela Fraternidade de Nuno Álvares no âmbito das comemorações dos 50 anos da sua fundação. Fraternidade de Nuno Álvares – Associação dos “antigos” escuteiros do CNE – Finalidades, estrutura e um pouco de história A Fraternidade de Nuno Álvares (FNA), é a associação daqueles que na sua juventude foram escuteiros do CNE – Corpo Nacional de Escutas – Escuteiros Católicos Portugueses. É uma associação de escutismo adulto, privada, de âmbito nacional, sem fins lucrativos. Os princípios e a Lei do Escuteiro são os mesmos dos associados da FNA. Finalidades – Estreitar os laços de amizade vividos durante o tempo em que cada um “pertenceu” ao CNE; – Constituir uma forte falange de apoio ao CNE, na medida das possibilidades de cada associado; – Possibilitar a participação dos associados em actividades escutistas; – Permitir a partilha entre experiências do passado e as realizações do presente, pelo desenvolvimento das relações entre “antigos” e actuais escuteiros; – Manter vivo nos seus associados o Espírito Escutista, nomeadamente: na vivência da Fé e humanismo Cristão; na atitude do Serviço voluntário ao próximo; na partilha fraterna Mundial, com os outros irmãos escuteiros e guias; – Na protecção da natureza. Estruturas Para atingir mais facilmente os seus fins, está organizada; a nível Nacional, Regional (Diocesano) e em Núcleos (Paroquias), estrutura básica da FNA. Nota histórica A FNA é quase tão antiga como o CNE, muito provavelmente desde que os iniciadores do Movimento (dos anos 20 e 30) tiveram que, por razões das suas vidas profissionais ou familiares, ceder os seus “lugares” a uma segunda geração de dirigentes a fim de o trabalho iniciado pudesse ser continuado. E, aqui e ali, foram surgindo núcleos de “antigos”, uns porventura mais disponíveis que outros, auxiliando fundamentalmente os serviços locais e regionais, para que não parasse a acção educativa iniciada. Sentida essa carência, logo em 1939, o CNE cria a “União dos Antigos Escutas”, que apareceu como mais uma “nova” Secção do Movimento, mas sem autonomia e independência. A ideia não vingou. Só em 1955, o CNE criou a “Fraternidade de Nuno Álvares, mencionada nos seus Estatutos e Regulamento Geral, mas desta vez como Associação autónoma e distinta, possibilitando a organização aos seus “antigos” filiados. Em 1976 tem novo impulso, com um pequeno grupo de ex-dirigentes do CNE, arranca decididamente para a organização e expansão. Criam os primeiros Estatutos e elegem os Órgãos Nacionais. Em 1997 a Conferência Episcopal aprova os Estatutos. Em Janeiro de 2003 é admitida como associação-membro pela International Scout and Guide Fellowship, a Organização Mundial dos “Antigos” Escuteiros e Guias. No Verão de 2003 realiza o IV Acampamento Nacional em Mangualde.

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