Bragança, Lamego, Vila Real e Beja são exemplos de regiões onde o Corpo Nacional de Escutas tem «menos expressão»
Lisboa, 14 jan 2014 (Ecclesia) – O chefe nacional dos escuteiros diz que é preciso fazer chegar a oferta formativa do movimento ao “interior” do país, onde o escutismo “está menos implantado”.
“O que pretendemos é dar oportunidade a mais jovens para aderirem, se assim o entenderem”, realça Norberto Correia, em entrevista concedida à Agência ECCLESIA.
Bragança, Lamego, Vila Real e Beja são exemplos de regiões “que precisam mais do apoio do CNE, onde o escutismo tem menos expressão”.
De acordo com aquele responsável, que tomou recentemente posse como novo chefe nacional, a presença do escutismo católico é atualmente mais efetiva “nos meios urbanos” e em alguns pontos do país o movimento debate-se com a “falta de dirigentes e de instalações”.
Neste momento, cerca de “20 por cento dos agrupamentos” têm lista de espera de candidatos ao escutismo, devido à falta de recursos humanos e materiais adequados às exigências.
Para responder a estes desafios, o líder da maior associação juvenil portuguesa, fundada em 1923, conta com o esforço de todos os dirigentes espalhados pelo país e com a adesão de mais adultos voluntários.
“Os adultos são uma peça fundamental no sistema educativo” do CNE, salienta Norberto Correia, que destaca a importância de preparar os mais velhos para responderem às “necessidades e anseios dos jovens”, que “variam continuamente em função de novas realidades sociais”.
“Temos a obrigação de nos adaptarmos a essas novas necessidades e anseios, para podermos ajudar os mais novos a crescerem de forma saudável, incutindo-lhes valores perenes que não mudam com as circunstâncias e com a evolução da sociedade, porque eles serão os responsáveis pelo futuro”, frisa o chefe nacional.
Nesse sentido, o sistema de formação de adultos foi recentemente alvo de uma reestruturação, de uma renovação, e vai passar sobretudo a ser um “processo mais personalizado”.
“A diferença fundamental”, explica Norberto Correia, “é que agora parte-se das competências e das experiências que cada adulto já tem, da sua formação académica, profissional, da sua experiência de vida, e acrescenta-se aquilo que lhe faz falta para poder ser um dirigente do CNE”.
PR/JCP