Escuteiros: 90 anos em avaliação

CNE promove congresso «Escutismo: Educar para a vida no século XXI»

Lisboa, 09 nov 2013 (Ecclesia) – O Corpo Nacional de Escutas (CNE) celebra 90 anos em Portugal e iniciam hoje um Congresso, em Lisboa, que se estende até amanhã, para avaliar a sua atividade e as mudanças no programa educativo.

 “Os 90 anos foram uma espécie de chapéu-de-chuva para ao longo de um ano inteiro desenvolvermos um conjunto de atividades singulares. Neste momento somos mais de 72 mil e 700 membros e de vez em quando é preciso parar, olhar atrás, para onde estamos e dizer por onde vamos seguir. Há uma tradição no movimento de mais ou menos de 10 em 10 anos fazermos esta paragem”, refere à Agência ECCLESIA Carlos Alberto Pereira, chefe nacional do CNE.

Uma paragem avaliativa que vai servir também para analisarem as mudanças no programa educativo do CNE, que começaram a ser implementadas há cerca de dois anos, e no Sistema de Formação de Adultos: “Era altura de olhar à nossa volta para vermos o olhar dos outros, para podermos refletir sobre a avaliação do desempenho do programa educativo e introduzir melhorias mas também enriquecermos o Sistema de Formação de Adultos que começa a funcionar este ano”, explicou o responsável nacional.

Estas são oportunidades para conjugar a fidelidade às origens, ao método educativo do fundador Baden-Powell, com os desafios da sociedade contemporânea.

Segundo Carlos Alberto Pereira o método do fundador assenta-se em duas questões, “centra a ação e o método nos jovens/crianças” ou seja, “ouvir o que o jovem diz e arranjar um enquadramento para que ele siga o seu percurso” e “conciliar o coletivo com o individual” de uma maneira que o responsável considera simples e exemplifica com o que chama de pequenos grupos.

“Os jovens organizam-se, escolhem um líder, distribuem funções e cada um individualmente contribui para o coletivo e o êxito do coletivo é o resultado do individual”, acrescenta.

O tema do congresso é ‘Escutismo: educar para a vida no século XXI’ e a conferência de abertura é da responsabilidade de Marcelo Rebelo de Sousa, professor na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Os três painéis vão abordar o escutismo na Igreja, na educação e na sociedade.

O Congresso divide-se entre o Centro de Congressos de Lisboa, a antiga-FIL, e a Cordoaria Nacional e para além das conferências, painéis e momentos de celebração, os participantes podem visitar o Certame e a Feira do Livro Escutista.

As inscrições já estão encerradas mas o chefe nacional do CNE informou que o Congresso vai ser transmitido online e “todos podem participar”.

“O Congresso não começa no dia 8 (este sábado) nem termina no dia 9 (este domingo)” mas o CNE terá a “aplicação dos desafios que vai deixar que têm de ter resposta. É assim que se vai progredindo e caminhando”, assinala Carlos Alberto Pereira.

O CNE foi fundado no dia 27 de Maio de 1923, por ação de D. Manuel Vieira de Matos, arcebispo de Braga, e está atualmente presente em todas as dioceses de Portugal.

HM/CB/OC

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