Escuteiros «100 limites»

Estão reunidos desde ontem, em S. Pedro de Rates, mais de 600 escuteiros pertencentes ao Núcleo Cego do Maio do Corpo Nacional de Escutas (CNE), que congrega jovens dos concelhos da Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Esposende. Trata-se do acampamento de núcleo – designado ACANUC pelos escuteiros – que tem por lema: “Escutismo 100 Limites”. O Diário do Minho acompanhou o primeiro dia dos escuteiros e a instalação do acampamento num vasto terreno de mata. Era grande a azáfama vivida por todos os 613 escuteiros inscritos no ACANUC que lutavam contra o tempo para montarem as tendas onde vão pernoitar até domingo, mas também todas as outras estruturas que vão servir para realizarem as actividades já preparadas. No meio do turbilhão, Armando Marques, escuteiro chefe do Núcleo Cego do Maio, orientava toda a equipa responsável pela logística, constituída por cerca de 45 elementos. De acordo com aquele responsável, o tema central do acampamento é explicado por três razões. «Escolhemos o lema “Escutismo 100 Limites” porque estamos numa fase preparatória do centenário da fundação do escutismo a nível mundial, efeméride que se assinala em 2007», afirmou Armando Marques ao DM. O chefe do núcleo explicou ainda que o acampamento quer revelar que os escuteiros são «sem limites para avançar, porque são um movimento que não pode estar parado e quer crescer sempre». Armando Marques indica que o lema “100 limites” foi escolhido como a tradução «da luta contínua que estes jovens fazem contra o mal e contra aquilo que não pretendemos que faça parte da nossa vida». O ACANUC pretende, para além daqueles objectivos, «reunir a família escutista como já não acontecia há 12 anos», salientou o chefe do Núcleo Cego do Maio. Desde o último acampamento geral de núcleo, os escuteiros de Esposende passaram para a jurisdição daquele núcleo que congrega os concelhos de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Isso aconteceu há cerca de cinco anos atrás e manter- -se-á até que a Junta do CNE esposendense ganhe autonomia, numa altura em que tenha 10 agrupamentos consolidados no concelho. Armando Marques sublinha o carácter de reunião da família escutista para lembrar que, há 12 anos, quando se reuniram pela última vez, vivia-se o Ano Internacional da Família. «Hoje, volvidos 12 anos, a Arquidiocese de Braga apostou no tema da Família para a vivência pastoral», frisou o responsável. Cinema e BD Os escuteiros reunidos em S. Pedro de Rates, desde os Lobitos aos Caminheiros, vão apostar na dinamização de actividades que têm por objectivo a assimilação de valores fundamentais cristãos e de cidadania. Para tal, os mais novos – os Lobitos – vão recorrer ao imaginário dos livros de Banda Desenhada (BD) do “Asterix” para viverem os valores delineados. Os “Exploradores” vão “viajar num Portal do Tempo”, à semelhança da série televisiva “Star Gate”, procurando apresentar os valores do escutismo como à 100 anos atrás ou mesmo antes. Já os “Pioneiros” preferiram acastelar-se à semelhança dos “Cavaleiros da Távola Redonda” para evocar personagens cujo exemplo de vida é marcante para o escutismo. Por último, os “Caminheiros” evocam a bondosa personagem dos “Jedi” da saga “Star Wars” para simbolizar a luta constante do bem contra o mal. Este acampamento serve também para preparar o que se vai realizar, em 2007, em Idanha-a-Nova, que juntará mais de 10 mil escuteiros de todo o país. Armando Marques agradeceu o «preciosíssimo apoio» da Junta de Freguesia de S. Pedro de Rates, da Câmara da Póvoa de Varzim e da Escola Prática dos Serviços do Exército Português, entre outras instituições.

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