Escolher entre ATL e actividades de enriquecimento curricular

O Estado aprecia mas não estimula a continuação dos ATL, que até agora, representavam “uma resposta à formação integral da criança”, sustenta o Pe. Lino Maia, Presidente da CNIS, em declarações à Agência ECCLESIA. Com a reforma das escolas e a introdução das actividades extra curriculares, os ATL não só deixaram de ter espaço para continuarem a funcionar, como foi retirado aos pais a possibilidade de optarem entre as actividades extra curriculares e a participação dos seus filhos no ATL. Esta posição estatal foi ontem assumida numa reunião com a CNIS onde os secretários de Estado apresentaram o “Acordo base de compromisso relativo à participação das IPSS nas actividades de enriquecimento no 1º ciclo de ensino básico”. “Apreciando o trabalho, não dá aos pais a liberdade de escolha entre a escola pública e as IPSS”, sublinha o Presidente da CNIS, que se refere à experiência dos ATL “que não pode ser esquecida porque continua a ser uma resposta credível”. A CNIS reconhece “validade na escola a tempo inteiro e nas actividades de enriquecimento curricular, mas queremos que as IPSS sejam respeitadas e que os pais possam optar”. A direcção da CNIS pretende reunir vários pareceres com o objectivo de reiterar a sua posição e negociar com o Estado para que “pelo menos dê a possibilidade aos pais de optar”, aponta o Pe. Lino Maia. Nesse sentido, a CNIS reuniu ontem com os presidentes das uniões distritais, os representantes das uniões distritais das comissões de acompanhamento e elaboração de acordos e com os membros do grupo de trabalho do ATL da CNIS, “onde esta posição foi unânime”. Para Sábado, dia 30 de Junho, está agendada nova reunião com os dirigentes das IPSS, com vista a perceber a sua posição, para que durante a próxima semana, “possamos negociar com o governo o compromisso, contemplando esta possibilidade de escolha”, explica o Presidente da CNIS. Esta negociação “deverá estar concluída em breve pois com o início do próximo ano lectivo, queremos esta questão estabilizada”, finaliza o Pe. Lino Maia.

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Agência ECCLESIA

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