Escolas de oração: propostas de espiritualidade

As Escolas de Oração estão a tornar-se num marco de reflexão e espiritualidade na malha urbana de Lisboa. “Emoções e corpo na caminhada espiritual”, o tema que serve de fio condutor à proposta espiritual para este ano, talvez ajude a explicar mas Maria Armanda Saint Maurice não esquece a elevada qualidade das reflexões. As Escolas de oração estão já no terceiro ano de vida. São propostas de reflexão sobre espiritualidade e sobre a vida de oração das pessoas em forma de palestras. Destina-se a promover o encontro com Deus, a facultar a experiência orante de intimidade. A direcção da Escola de Oração é do P. Luís Rocha e Melo, a quem coube a iniciativa de propor à Cor lesu- Associação do Sagrado Coração de Jesus, uma associação de “adoradores de Lausperene em Lisboa”, explica à Agência ECCLESIA, Maria Armanda Saint Maurice, da Associação. “A escola de oração é uma face mais visível e por isso voltada para um maior número de pessoas”. Karl Rahner, teólogo do Séc. XXI afirmou que: “O séc. XXI será místico ou não será”. Afirmação que a teóloga Maria Armanda Saint Maurice sublinha inteiramente. “As pessoas andam à procura de uma experiência espiritual, não há fé bem enraizada que não radique de uma experiência espiritual”, sustenta. A espiritualidade foi olhada com desconfiança pela Igreja Ocidental e Latina, durante muito tempo, “mas é a dimensão de vida que se oferece a cada um na sua caminhada”, acrescenta a teóloga. As participações nas Escolas de oração têm registado um significativo aumento. Maria Armanda Saint Maurice dá conta que os salões da Igreja de São Nicolau, local onde decorrem nas primeiras e terceiras Segundas feiras de cada mês, se está a revelar pequeno. Muitas pessoas têm ficado no chão, por falta de espaço. “Mas está-se a pensar em formas de crescimento desta iniciativa”. Os conferencistas, por outro lado, são nomes destacados “dentro do panorama português”. Pe. Luís Rocha e Melo, Pe. Vasco Pinto de Magalhães, Ir. Luísa Almendra, Pe. José Manuel Pereira de Almeida, Pe. Tolentino de Mendonça, são apenas alguns exemplos. Este ano o tema escolhido ganha especial relevância espiritual. “O domínio da afectividade e a própria realidade física na vida espiritual toca profundamente as pessoas, apesar de muitas vezes negligenciada a sua abordagem”, explica a teóloga, que percebe haver na comunicação social e na vida social em geral “uma solicitação das pessoas para esta abordagem”. A resposta do público demonstra claramente como as pessoas “estão sedentas de algo que corresponda e dê perspectivas à sua busca espiritual”. Maria Armanda Saint Maurice frisa ser muito importante pensar uma pastoral adequada à sensibilidade, às preocupações, aos anseios do ser humano do nosso tempo. “A Escola de Oração é a prova de que, se se pensar de forma adequada a essa sensibilidade, a essas preocupações, a esses anseios, a resposta é galvanizante”, aponta. Este tema “é por si, um desafio aos próprios conferencistas”, afirma. Em termos pastorais “a proposta tem-se revelado muito importante”, tornado-se num “acontecimento bastante dinâmico”. A proposta continua para quem quiser participar. V – 19/11/07 – O mundo dos afectos nos salmos – Ir. Luísa Almendra “O desejo dos humildes Tu o escutas, Senhor” Sl 10,17 VI – 03/12/07 – Equilíbrios e desequilíbrios – P. Luís Rocha e Melo «A carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito, o que é contrário à carne Gl 5, 1. 17; Assim, o que realizo, não o entendo; pois não é o que quero que pratico, mas o que eu odeio é que faço. Rm 7, 15. VII – 07/01/08 – Emoções e imprecações nos salmos – Ir. Luísa Almendra “Levanta-te, Senhor! Salva-me, ó meu Deus! Bate na face dos meus inimigos e quebra os dentes dos ímpios” Sl 3, 8 VIII – 21/01/08 – Solicitações e tensões relativas ao corpo – P. José Manuel Pereira de Almeida “O corpo não é para a fornicação” 1 Co 6,13 “Não gastes a tua força com…” Pr 31,3

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