Escolas Católicas: Responsável da Santa Sé defende direito universal à educação

Cardeal Giuseppe Versaldi incentiva educadores à formação permanente

Roma, 19 nov 2015 (Ecclesia) – O prefeito da Congregação para a Educação Católica afirmou no Vaticano que o “direito à educação” é da mesma natureza que a “própria dignidade da pessoa humana”.

Perante os participantes do congresso internacional das Escolas Católicas, que se iniciou esta quarta-feira, o cardeal Giuseppe Versaldi defendeu que o direito à educação se insere na natureza da dignidade humana “sem nenhuma distinção de sexo, nação, religião ou condição social”.

Neste contexto, o responsável da Cúria Romana recordou os “mais de 58 milhões de crianças analfabetas”, os “mais de 10 mil ataques” contra escolas e universidades entre 2006 e 2013” e os “atos discriminatórios cometidos por alguns governos contra centros educativos católicos”.

Contudo, destacou também os “números de esperança” no mundo apresentando uma “inversão de tendências” nesta área como são exemplo diversos países: “Burundi, Iémen, Gana Nepal, Ruanda, Índia, Irão e Vietname”.

No início do ano 2000, os oitos países contabilizam “um quarto das crianças não escolarizadas no mundo” e, em pouco mais de dez anos “conseguiram reduzir os números de 27 milhões para 4 milhões”.

O Congresso Internacional tem como tema «Educar Hoje e Amanhã. Uma paixão que se renova», e termina este sábado.

Na sessão de abertura, o cardeal Giuseppe Versaldi observou que a educação é o “cultivo da pessoa com o objetivo de a tornar um fruto que enriqueça a sociedade”.

“É necessária uma ação conjunto do sujeito, dos ‘agricultores”, que começam por ser os pais e de onde emanam todos os restantes. O educador deve, em primeiro lugar, conhecer a pessoa e fazê-la crescer segundo a sua natureza”, desenvolveu o prelado italiano.

Desta forma, o prefeito da Congregação para a Educação Católica assinalou que a missão do educador hoje parece “ter caído numa súbita escuridão sobre a identidade da pessoa” mas recordou que a tradição cristã é portadora de uma “proposta bem definida” que “radica na verdade integral acerca da pessoa e sobre a identidade do educador enquanto ‘agricultor’”.

A Comissão Episcopal da Educação e Doutrina da Fé está representada por D António Moiteiro, bispo de Aveiro, e D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto.

Marcam também presença no evento, pelo Secretariado Nacional da Educação Cristã, os professores Fernando Moita e Elisa Urbano, respetivamente coordenador do Departamento do Ensino Religioso Escolar e coordenadora do setor das Escolas Católicas no secretariado.

A representar a Associação Portuguesa das Escolas Católicas estão presentes o padre Querubim Silva, Jorge Cotovio, o padre José Fernandes, o padre Carlos Silva e Isabel Pestana.

Educris/CB/OC

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