O I Congresso Nacional da Escola Católica começou esta manhã, em Fátima, com um alerta sobre a necessidade de reflectir a lógica da liberdade de ensino e sublinhar o valor do pluralismo educativo. O Pe. Querubim Silva, secretário do Congresso e antigo Director do Secretariado Nacional da Educação Cristã, afirmou na sessão de abertura que “a escola deve criar o seu projecto educativo, ser livre e gerar liberdade” e insistiu na urgência de existirem “contextos educacionais” diversos que se coloquem à disposição dos pais e educadores, opondo-se à ideia de um totalitarismo do Estado Após vincar que “este Congresso não se move com fins reivindicativos”, apontou o dedo ao actual estado da educação no país e referiu que o encontro acontece “quando está em evidência a anomalia de uma generalizada educação estatal de orientação claramente laica.” “Esta assembleia não deixa de ser uma oportunidade para denunciar tal situação”, vincou. O Congresso foi apresentado como uma ocasião de reavivar a atenção da Opinião Pública sobre o serviço que a Escola Católica “tem sido e continua a ser em Portugal, na Europa e no mundo enquanto indiscutível factor de cultura”. “Temos aqui uma oportunidade de desenhar com esmero a identidade de uma Escola Católica aberta a todos, participada, verdadeiramente viva, baseada no modelo do Evangelho”, concluiu o Pe. Querubim Silva.
