Professor e autor António Estanqueiro deixa conselhos no início do novo ano letivo
Lisboa, 22 set 2017 (Ecclesia) – O professor António Estanqueiro, com mais de 40 anos de experiência, destaca a importância de incutir nos alunos metas a atingir e alerta os pais para o uso excessivo das novas tecnologias, por parte dos filhos.
Numa entrevista que pode ser lida na edição mais recente do Semanário ECCLESIA, que esta sexta-feira é dedicada ao início do ano letivo, o autor salienta que a “motivação” é o principal “motor de aprendizagem e travão do esquecimento”, e para que ela exista é preciso dar aos mais novos “objetivos”, sejam eles “de curto, médio e longo prazo”.
“Todos os objetivos dão um sentido ao nosso esforço, estudar compensa”, salienta aquele responsável.
Depois de um período de férias marcado pelo descanso mas também por alguns excessos que muitas vezes condicionam o “descanso” dos jovens, o que tem influência depois no regresso às aulas.
António Estanqueiro recorre às estatísticas que dizem que “50 por cento dos adolescentes andam a dormir menos do que deviam”, e realça o exemplo das novas tecnologias, que têm prós e contras.
“Há jovens que têm os quartos transformados em centrais multimédia”, aponta o professor de filosofia e psicologia, que alerta os pais para a necessidade de zelarem por uma utilização “moderada” das tecnologias, por parte dos seus filhos, ou mesmo em alguns casos uma “dieta das tecnologias”.
A catadupa de dispositivos móveis, de aplicações e redes sociais, a atração pelos jogos virtuais, as horas e horas sentadas diante de um ecrã, tudo isto pode constituir uma ameaça ao desenvolvimento “mental” e relacional dos mais novos, mas também coloca em causa “a saúde física e a aprendizagem, a memória”, lembra o especialista em educação.
O professor António Estanqueiro frisa que um novo ano letivo é um desafio à “criatividade”, a “adquirir novos conhecimentos”, mas também é um momento de “encontrar colegas e professores”.
Sobre uma “nova gestão flexível do currículo”, que está em marcha em cerca de 300 escolas portuguesas, aquele responsável considera esta questão benéfica para que os alunos “adquiram autonomia na sua aprendizagem”.
“Mais do que estudar muito é preciso estudar bem”, conclui.
LS/CB/JCP