No passado Domingo, a comunidade cristã da Ereira (Verride, Diocese de Coimbra) viveu um dia marcante para a sua história religiosa. Tratou-se da bênção do Altar-Mor e inauguração das obras de requalificação da capela, um investimento a rondar os 160 mil euros. No programa desta cerimónia estava incluída, como razão primeira, a celebração da Eucaristia que foi presidida por D. Albino Cleto, Bispo de Coimbra, e concelebrada pelos padres José Luís Ferreira e António Domingues que, “in solido”, também acompanham pastoralmente a Reitoria de Santo António da Ereira. No momento apropriado, D. Albino, após uma brilhante prédica, procedeu à bênção do Altar-Mor e inauguração das obras de requalificação do templo da Ereira. Para o investimento efectuado, a rondar os 160 mil euros, co-financiados pelos fundos comunitários, também concorreram as autarquias locais e a comunidade da Ereira. O co-financiamento comunitário resultou de uma candidatura que a Comissão Fabriqueira da Reitoria de Santo António da Ereira, pretendendo dar outra dignidade ao espaço litúrgico da sua Capela, apresentou ao Projecto de Equipamentos Urbanos de Utilização Colectiva da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, que mereceu aprovação superior, e cujo protocolo foi assinado em 8 de Setembro de 2006 no Governo Civil do Distrito de Coimbra. O projecto da talha dourada esteve a cargo de João Mota Lopes (Oficina Artesanal de Marcenaria e Talha) e a pintura e douramento a cargo de Domingos Silva – Arte Sacra Lda, tendo também sido concretizados diversos trabalhos de requalificação do pavimento e pintura de paredes da capela. No final da Eucaristia, em que participaram o Governador Civil de Coimbra, Henrique Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Luís Leal, presidente da Junta de Freguesia da Ereira, Fernando Curto, representantes do associativismo local e dezenas de pessoas da comunidade ereirense, teve lugar uma sessão solene comemorativa da efeméride, com diversas intervenções alusivas ao acto, brilhando as palavras de agradecimento e de incentivo a “uma vivência pautada pelos desígnios da Igreja, nomeadamente a fé, devoção e solidariedade”. O padre José Luís, em nome da comunidade agradeceu o empenhamento do Governador Civil na concretização deste projecto, assim como à Câmara Municipal e Junta de Freguesia pelo apoio recebido, enaltecendo, de modo particular “a colaboração da comunidade da Ereira que entendeu e aderiu ao projecto de requalificação da Capela de Santo António”. Para Fernando Curto “esta obra será, porventura, a menina dos nossos olhos”, referindo que “certamente que os nossos entes queridos já falecidos estarão orgulhosos por verem que o seu sonho se tornou realidade”. O autarca endereçou os parabéns à Comissão da Fábrica da Capela da Reitoria da Ereira, pelo empenho e coragem de pôr mãos á obra, não esquecendo o trabalho, a colaboração e determinação do Padre Zé Luís e Padre António. “A eles o nosso obrigado” sublinhou o presidente da Junta de Freguesia que também agradeceu ao presidente da Câmara de Montemor, Luís Leal o apoio prestado mais uma vez, “dando provas que gosta mesmo da nossa Freguesia”. “Obrigado Sr. Presidente e nunca se arrependa de ajudar a quem mostra trabalho feito”, disse Fernando Curto. Por seu turno, Luís Leal enalteceu a Comissão Fabriqueira da Ereira, liderada pelos padres José Luís e António, pelo entusiasmo que colocaram na concretização de uma obra que galvaniza a Ereira, os Ereirenses e o concelho de Montemor. “Foi com desmedido regozijo que a autarquia se associou a este projecto que confirma o nossa proposta de proporcionar bem-estar e melhor qualidade de vida aos cidadãos deste concelho”. O Governador Civil disse que “é dever do governo comparticipar nos projectos sociais que visam corresponder aos anseios das diferentes comunidades. “O nosso bem-haja ao povo da Ereira”, disse. D. Albino Cleto referiu “a grande dimensão social e religiosa deste momento para a comunidade da Ereira, sublinhando que “a Igreja, além de lugar de culto, de lugar para falar com Deus, também é lugar de convívio social”. “Recordo o pedido dos ereirenses para terem autonomia religiosa; como vós, mais outras sete comunidades anseiam ser paróquias, mas a diocese não tem párocos suficientes para a criação de novas paróquias”, disse D. Albino, frisando que “em 2003 foi criada a reitoria da Ereira que já lhe confere alguma independência, nomeadamente com conselho económico autónomo”, elogiando a comunidade ereirense pela sua fé e vivência cristã. Entretanto, a comissão fabriqueira da reitoria procedeu à entrega de lembranças aos convidados – um quadro com a foto do novo Altar-Mor, seguindo-se o descerramento de uma lápide que assinala este momento festivo e histórico para a Ereira.