O Arcebispo Antonio Arregui, presidente da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE), vai ser investigado por suposta violação de Tratado de 1937 entre Equador e Vaticano que proíbe a participação da Igreja Católica em actividades políticas. D. Arregui foi acusado por um ativista pró-presidente Rafael Correa de defender o voto contra a nova Constituição equatoriana no referendo do próximo dia 28 de Setembro. O texto foi aprovado pela Assembleia Constituinte e prepara-se agora par ser referendado. Para a CEE, a nova Carta abre portas ao autoritarismo, ao aborto e à criação de famílias homossexuais, que poderiam adoptar filhos. No entanto, o governo refuta essa interpretação. Os Bispos do Equador voltaram recentemente a sublinhar a sua posição. O episcopado explica que o projeto da Constituição não reconhece claramente o direito à vida da concepção e atenta contra a família enquanto célula fundamental da sociedade e o bem comum, pois a equipara “à união de pessoas do mesmo sexo”. Os bispos consideram que é competência da Igreja fazer ouvir a sua voz onde se atenta contra o ser humano. O espiscopado recorda ainda “a plena e incontestável liberdade que assiste ao clero para pregar, expor e defender a doutrina dogmática e moral católica”. “No cumprimento da nossa missão, continuaremos com as orientações pastorais”, explicitam, acrescentando terem por objectivo “iluminar a realidade com a Palavra de Deus para que os católicos e pessoas de boa vontade, depois de informar-se bem, emitam seu voto em consciência, livre e deliberadamente”. Redacção/EFE