Episcopados da UE lembram importância da herança cristã para a construção europeia

50 anos depois do Tratado de Roma, que instituiu a Comunidade Económica Europeia, os Bispos Católicos da União Europeia (UE) querem que esta não se esqueça da sua “herança cristã e humanista”. Reunida em assembleia plenária, a Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) lembra que a maioria dos cidadãos europeus professa a fé cristã e que esta é “uma fonte viva dos nossos valores comuns”. Das comemorações do Tratado de Roma, em 25 de Março de 2007, sairá a “Declaração de Berlim”, que servirá para afirmar a UE como uma comunidade de valores. A COMECE espera que esta declaração “reflicta as motivações religiosas e humanistas dos cidadãos da União” e esperam que a mesma lance os alicerces para novos enquadramentos “políticos e legais” na União Europeia. Os Bispos lembram que os fundadores da Comunidade Europeia tinham por “facto indiscutível” a marca cristã do projecto. “As suas ambições estavam profundamente enraizadas num conjunto de valores comuns”, refere o comunicado final da assembleia plenária, hoje concluída em Bruxelas. O presidente da COMECE, D. Adrianus Van Luyn, abordou neste encontro a questão das “fronteiras” da UE e defendeu que todos os países candidatos devem “respeitar os valores da União Europeia”. Noutro sentido, pediu que as fronteiras não se fechem aos que procuram refúgio e respeito pela dignidade humana na Europa.

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