Padre Carlos Cabecinhas presidiu à Eucaristia, na Basílica da Santíssima Trindade, e exortou peregrinos a assumirem conversão permanente e uma atitude proativa na procura de Deus
Fátima, 06 jan 2025 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima convidou este domingo os peregrinos a assumir a missão do anúncio e testemunho de Deus feito homem de forma ativa e transformadora, na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário da Cova da Iria.
“O Evangelho de hoje mostra-nos que uma fé viva desinstala e incomoda, porque nos impele à atenção dos sinais de Deus na nossa vida, porque nos impele à missão, ao anúncio e ao testemunho, e porque nos exige conversão permanente. Uma fé satisfeita consigo mesma é uma fé adormecida ou morta”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas, informa o Santuário de Fátima.
Na homilia da Eucaristia na Epifania do Senhor, o reitor do Santuário apresentou a fé como caminho de conversão constante e de missão, que desafia a uma atitude de abertura à ação de Deus na vida pessoal.
Partindo do Evangelho de São Mateus, que narra o episódio de quando os reis Magos visitam Jesus, naquela que é a primeira aparição pública do Menino, o padre Carlos Cabecinhas concluiu três aspetos para uma vivência da fé mais efetiva.
Os primeiros a ser apresentados foram a procura ativa e a atenção aos sinais de Deus.
“Como os Magos, somos desafiados a viver a fé como esta inquietação e atenção aos sinais da sua presença nas mais diversas situações da nossa vida”, referiu, realçando depois a necessidade de uma conversão contínua como atitude ideal para uma fé mais autêntica.
Tal como os Magos se transformaram após o encontro com o Salvador, o padre Carlos Cabecinhas exortou os peregrinos a assumirem também uma conversão permanente e uma atitude proativa na procura de Deus.
“Ter fé é aprender com os Magos a converter permanentemente a nossa imagem de Deus de acordo com o Evangelho; é não criarmos ‘deuses’ à nossa medida e à medida dos nossos desejos e expectativas; é não nos colocarmos a nós mesmos no lugar que só a Deus compete, na nossa vida. A adoração é reconhecer essa presença de Deus na nossa vida”, destacou.
A Epifania, palavra de origem grega que significa ‘brilho’ ou ‘manifestação’, celebra-se sempre a 6 de janeiro nos países em que é feriado civil; nos outros países, assinala-se no segundo domingo depois do Natal, como aconteceu em Portugal, este ano, a 5 de janeiro.
LJ/OC