Epifania: Bispo do Algarve destacou que a salvação é para todos, «não é apenas para um grupo limitado»

«Nós somos esses ‘reis’ que também devemos pôr-nos a caminho» – D. Manuel Quintas

Foto: Samuel Mendonça/Folha do Domingo

São Brás de Alportel, 06 jan 2024 (Ecclesia) – O bispo do Algarve explicou que “a salvação é para todos, não é apenas para um grupo limitado”, na homilia da Epifania do Senhor, o Dia de Reis, este domingo, 5 de janeiro, em São Brás de Alportel.

“A salvação é para todos, não é apenas para um grupo limitado. Jesus abre o amor e a salvação de Deus a todos os povos, de todas as raças, línguas, culturas, religiões”, disse D. Manuel Quintas, na celebração que presidiu na igreja matriz de São Brás de Alportel, citado pelo jornal ‘Folha do Domingo’.

A Epifania, palavra de origem grega que significa ‘brilho’ ou ‘manifestação’, conhecida popularmente como “Dia de Reis”, celebra-se sempre a 6 de janeiro nos países em que é feriado civil; nos outros países, assinala-se no segundo domingo depois do Natal, como acontece em Portugal, este ano, no dia 5 de janeiro.

O bispo do Algarve destacou que “Jesus nasceu para todos”, e todos podem procurá-lo, “independentemente da cultura a que pertençam, da língua, que falem, do seu povo, país, continente”, enquanto “os magos eram guiados por uma estrela”, os cristãos são guiados por “essa luz recebida no batismo”.

Segundo D. Manuel Quintas, a solenidade da Epifania contribui para a predisposição interior para a peregrinação a que os cristãos são chamados, e salientou que “este é o ano jubilar de ser peregrinos de esperança”, em referência ao Ano Santo 2025.

“Nós somos esses «reis» que também devemos pôr-nos a caminho; quem decide fazer uma caminhada leva o essencial porque tudo a mais atrapalha, pesa, provoca o cansaço e a incapacidade de chegar ao fim que pretendemos”, desenvolveu.

O bispo do Algarve explicou também que a peregrinação tem um “sentido purificador, libertador”, e convidou os presentes a centrarem-se “no essencial”, naquilo que os aproxima uns dos outros, de Deus, “naquilo que ajuda a viver com mais verdade e autenticidade a condição humana e à luz da própria fé”.

A Igreja Católica está a viver um Ano Santo, o seu 27.º jubileu ordinário – celebração que acontece a cada 25 anos -, iniciado na noite da véspera de Natal, pelo Papa Francisco, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

D. Manuel Quintas indicou que o “primeiro objetivo” do Jubileu é a “mudança, conversão interior, sair por outro caminho, mudar de rumo”.

“O elemento essencial do Jubileu é a conversão, a mudança de vida depois de nos encontrarmos com a pessoa de Jesus. O Espírito Santo é aquele que opera em nós essa conversão, essa mudança de vida”, acrescentou, este domingo, na igreja matriz de São Brás de Alportel, onde está a realizar a sétima visita pastoral do ano 2024/2025, informa o jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.

O bispo do Algarve explicou que a palavra epifania “quer dizer manifestação a todos, a todo o mundo”, assinalando que era dia de “sair para fora, de cantar as janeiras, de partilhar com os outros a alegria” que celebraram no Natal.

CB/OC

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