Enviado papal ao Darfur espera mais acção da comunidade internacional

O homem que João Paulo II enviou ao Darfur, no Oeste do Sudão, espera que mais acção por parte da comunidade internacional, de modo a ajudar uma população que luta pela própria sobrevivência. “Esta minha viagem, em nome do Papa, deve tornar as pessoas disponíveis para ajudar, sobretudo os políticos, que devem dar uma resposta de ajuda e de paz para o Sudão”, disse o arcebispo Josef Cordes, presidente do Conselho Pontifício Cor Unum, em declarações à Rádio Vaticano. O prelado considera que esta missão é, acima de tudo, a “manifestação da proximidade e da solidariedade” do Papa para com as populações atingidas pela mais grave crise humanitária do planeta. Amanhã, o arcebispo Cordes irá até ao Darfur para contactar com os refugiados e encontrar-se com os sacerdotes que trabalham na zona. As estimativas falam de dois milhões de refugiados – espalhados por um território duas vezes superior à França – e de centenas de mortos. As Nações Unidas, por seu lado, encontram-se a discutir uma resolução em que o Governo do Sudão é ameaçado com sanções no caso de não prender os líderes da milícia árabe que é acusada de ser responsável por esta crise. Segundo a ONU, mais de uma centena de pessoas morre por dia no Darfur, por causa da fome e da guerra.

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