D. Manuel Quintas afirmou também que é «hora» de se assumirem como construtores da paz
Faro, 03 mai 2022 (Ecclesia) – O bispo do Algarve disse aos finalistas universitários da UAlg que “chegou a hora de cada um se assumir como construtor da paz”, de assumir a “defesa da vida humana em todas as idades”, na celebração de bênção das pastas.
“Chegou a hora de assumir sem reservas, em todas as situações e circunstâncias, a defesa da vida humana em todas as idades. Chegou a hora de cada um se assumir como construtor da paz através de um compromisso pessoal permanente”, afirmou D. Manuel Quintas, na celebração no campo de futebol do Complexo Desportivo da Penha, este sábado, informou hoje o jornal ‘Folha do Domingo’.
O bispo do Algarve explicou aos finalistas do atual ano letivo da Universidade do Algarve que a paz é efetivamente “um bem inestimável, a aspiração mais profunda da pessoa”, uma condição essencial para o progresso e o bem-estar, “fonte de segurança e de esperança para todos”.
O responsável diocesano disse que “chegou o tempo de frutificar”, de assumir a “sabedoria” de uma vida vivida como dom e serviço aos outros: “Presente na pessoa de Cristo e na novidade do reino que Ele veio anunciar, presente na defesa da pessoa humana e da promoção da sua dignidade, particularmente dos que menos condições têm de a conseguir”.
D. Manuel Quintas pediu aos estudantes universitários que não deixem de “sonhar um mundo mais justo, um mundo melhor”, e salientou que “os sonhos mais belos” conquistam-se com esperança, paciência, persistência e determinação, “resistindo à tentação do resultado imediato”.
“Não vos acomodeis, nem vos resigneis perante as dificuldades. Não vos deixeis seduzir pelos facilitismos de uma sociedade de consumo. Não vos deixeis escravizar pelo que anula a liberdade e a dignidade, cria dependências e conduz a uma vida marcada pelo fracasso e pela desilusão”, desenvolveu, e alertou que um jovem que deixa de sonhar se assume “como um idoso prematuro, resignado e acomodado”.
Segundo o bispo do Algarve, a realização pessoal e a conquista da verdadeira felicidade “passam pela coragem e pela ousadia em ser ‘semente’”.
“Todos os dons presentes em cada um na sua diversidade, pluralidade e complementaridade, que nos definem, diferenciam, caracterizam e enriquecem como pessoas, começam por ser ‘sementes’ que reclamam ser ‘frutos’ e se orientam para o mesmo fim: O serviço do bem comum”, acrescentou, indicando que Deus “nunca deixará de estar” com eles no “novo caminho”.
O jornal diocesano ‘Folha do Domingo’ informa que a celebração contou com a presença do capelão da UAlg, o cónego César Chantre, do vigário para a pastoral da Diocese do Algarve, padre António de Freitas, e marcou o regresso da bênção das pastas sem restrições devido à pandemia, um “período difícil” lembrado pelo reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas, e pelo presidente da associação académica, Fábio Zacarias.
Os finalistas universitários ofereceram ao bispo do Algarve um ramo de flores com as fitas de cada curso e entregaram os donativos que vão ser enviados para São Tomé e Timor.
CB
