Ensino: Disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica aposta no acolhimento e «aponta ao futuro»

Professor António Cordeiro destaca que a esperança é uma marca «muito efetiva e afetiva», no início do novo ano

Lisboa, 29 set 2021 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional de Educação Cristã (SNEC), da Igreja Católica, está a começar o novo ano com o lema da “esperança” e destaca que a dimensão do acolhimento da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) nas escolas.

“As pessoas sentem-se entusiasmadas, sentem-se com aquela tónica que é muito importante nesta época do ano, que é o acolhimento: acolher as pessoas, os alunos, e apontar-lhes o futuro”, disse à Agência ECCLESIA o professor António Cordeiro.

No contexto do início do ano letivo 2021/2022, o coordenador do Departamento de Educação Moral e Religiosa Católica, no SNEC, salienta que “estão criadas as condições para uma comunidade que acolhe os alunos, acolhe as famílias”, de uma forma que nas circunstâncias anteriores não foi possível por causa do coronavírus Covid-19.

O docente destacou a necessidade de todos continuarem a ser “corresponsáveis” no âmbito da pandemia, “apesar da vacinação estar a correr muito bem”.

A esperança é uma marca “muito efetiva e afetiva” do início do novo ano escolar e António Cordeiro adianta que o Secretariado Nacional de Educação Cristã com os secretariados diocesanos estão a “viver este sentir e sentido da esperança” e têm como mote de trabalho ‘marcados pela esperança, caminhamos juntos’.

“A esperança sob o ponto de vista psicológico remete-nos para emoções positivas, para definição de um sentido, de objetivos, de futuro, de linear algo que quero construir. A esperança emerge em situações de crise e nós queremos sair da crise, queremos sair de uma situação desconfortável como foi este tempo que vivemos de sofrimento”, desenvolveu.

O convidado do Programa ECCLESIA  adianta que as comunidades educativas que têm isto presente vão ter uma proposta da disciplina no sentido de “olhar o futuro, construir o futuro”.

António Cordeiro adiantou também que o SNEC quer concretizar algumas iniciativas, que consideram ter “interesse particular retomar” depois de uma “fase telemática”, nomeadamente os encontros nacionais para os estudantes do Ensino Secundário, previsto para o mês de abril de 2022, e para os alunos do 1.º Ciclo, em maio do próximo ano.

Avançar na “desmaterialização de todos os recursos educativos” é outra prioridade para este ano, realçou o professor António Cordeiro, explicando que vão avançar para o âmbito digital, “seja na plataforma digital, seja nos recursos complementares aos manuais digitais”.

A lei prevê a oferta obrigatória da disciplina curricular de Educação Moral e Religiosa Católica do Ensino Básico ao Secundário e, desde o ano letivo 2019/2020, também integra as matrizes dos cursos profissionais (Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de julho).

A Concordata assinada em 2004 entre Portugal e a Santa Sé consagra a existência da disciplina de EMRC, sendo os professores propostos pelos bispos, nomeados pelo Estado e pagos pela tutela; é uma componente do currículo nacional, de oferta obrigatória por parte dos estabelecimentos de ensino e de frequência facultativa.

 HM/CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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