Escola promove o uso dos equipamentos que, segundo os professores, representam uma mais-valia para o ensino

Lisboa, 30 mai 2025 (Ecclesia) – O Colégio Pedro Arrupe, em Lisboa, autoriza, a partir do 3ºano, a utilização de tablets durante as aulas, como forma de apoiar a aprendizagem dos alunos, num tempo marcado pela crescente digitalização.
“O iPad chega por esta inquietude que caracteriza o nosso projeto pedagógico e que pretende ser resposta de futuro que os nossos alunos precisam na sociedade que vão encontrar amanhã”, afirma o diretor do 1ºciclo do Colégio Pedro Arrupe, em declarações à Agência ECCLESIA.
Segundo António Velez Cadete, esta “chegada das tecnologias não chega” para tornar o estabelecimento de ensino mais inovador, mas porque o “paradigma pedagógico assim o impõe”.
“Este ímpeto de inovação e de ser resposta para aquilo que os nossos alunos vão encontrar no futuro não faria sentido sem capacitarmos os nossos alunos para as competências básicas necessárias ao nível da tecnologia”, destaca.
Mariana Cartaxo, professora do 1ºciclo, explica que estes equipamentos são usados “de forma diária e para diferentes fins”, com o objetivo de o uso “ser curto”.
O iPad é mais uma ferramenta que dá a oportunidade de fazer coisas diferentes com alunos que também são diferentes. Portanto, nós usamos muito para o tempo de trabalho autónomo, em que cada aluno está a trabalhar nas suas dificuldades ou nas suas potencialidades”, refere.
Docente há 14 anos no Colégio Pedro Arrupe, Mariana Cartaxo considera que o tablet representa uma mais-valia na educação, nomeadamente na diferenciação do trabalho, na criação de vídeo-aulas, sendo este um registo que pode ficar neste dispositivo para que os alunos depois possam consultar e “não apenas um apontamento, uma folha de papel”.
“É uma coisa mais interativa. Podemos colocar jogos. Permite que eles, por exemplo, treinem a tabuada através de aplicações que existem para isso”, indica.
A professora também considera que esta ferramenta é uma vantagem na questão da apreciação, isto é, o “aluno não tem que ficar à espera que o professor corrija os trabalhos ou que leve para casa e depois devolva quando tiver oportunidade”.
“É uma coisa muito mais célere e os alunos, tendo um feedback a tempo, também conseguem, se calhar, melhorar o seu desempenho em tempo mais útil”, realça.
Para Guilherme Fernandes, aluno do 4ºano, “utilizar os tablets tem muito mais fontes de aprendizagem, é muito mais fácil aprender e é muito mais fácil para os professores corrigirem”.
É mais fácil de pesquisar e é mais fácil de encontrar as fichas, porque não tens de estar sempre a arrumar e a tirar folhas”, testemunhou Madalena Ferreira, outra aluna.

Cada aluno tem o seu tablet, que pode ser alugado através do colégio ou adquirido, sendo o seu controlo feito pela escola e o seu uso supervisionado pelos professores, que conseguem em tempo real perceber se os alunos estão a usar adequadamente esta ferramenta.
Apesar de usar as tecnologias digitais, o Colégio Pedro Arrupe privilegia a comunicação face a face.
“A comunicação é algo essencial do nosso projeto educativo. Aliás, é um dos nossos C’s fundamentais do nosso projeto, comunicar. Portanto, é algo que estimulamos a cada momento e todos os dias nas nossas salas de aula”, frisou António Velez Cadete.
Além disso, a escola tem um projeto de Educação para a Interioridade, em que os professores procuram que os alunos partilhem as suas emoções e sentimentos.
O programa 70×7 (17h37, RTP2) no próximo domingo assinala o Dia Mundial das Comunicações Sociais que coincide com o Dia Mundial da Criança, apresentando a relação dos mais novos com os media e projetos que promovem o seu bom uso. |
LJ/OC