Ensino: Alunos têm de relacionar mais «humor com amor»

O professor de EMRC Nuno Cocharro aposta em aulas com vertente de diversão

Lisboa, 08 fev 2016 (Ecclesia) – Nuno Cocharro, professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) e humorista, defende que é possível educar e evangelizar pelo humor e que os alunos precisam de relacionar “humor com amor”.

“Ensinar de forma mais lúdica e engraçada leva os alunos a decorar mais facilmente; há muitas situações da nossa vida que relembramos pelo riso que nos provocou, nos meus alunos acho que vão ficando os conteúdos através das piadas que eu consigo dizer em aula”, diz o professor em declarações à Agência ECCLESIA.

Contrariando a ideia de Portugal ter a cultura da tristeza, do fado e da melancolia, Nuno Cocharro sente que “o desafio é mesmo nessas situações que as pessoas precisam mais de sorrir”.

“Nós temos a ideia de a educação ser muito sisuda e os alunos vivem das experiências… É muito importante esta capacidade de transmitir essa alegria e acredito que, uma vez no ano, haja um aluno meu que tenta partilhar a palavra que eu dei na aula”, conta, entre risos.

O professor de EMRC, há 16 anos, defende mesmo que há uma proximidade grande com “a ideia do Deus amor e, porque não, Deus é humor?”

“Há uma linha muito ténue, que é a capacidade de amar o outro também é a capacidade de o fazer rir, de chegar a ele a partir da alegria, aliás quando amamos transmitimos alegria, então o humor passa por amar”, precisa.

O humor entrou na vida deste professor de EMRC como uma forma de se aproximar dos outros: sendo um “falso tímido”, a aproximação pelo riso foi “um fator diferenciador nas relações de amizade”.

Além de ser professor, Nuno Cocharro também é presença assídua em salas de espetáculo da região de Lisboa para fazer stand up religioso, como lhe chama, momentos de descontração que leva o público a conhecer mais sobre religião e a soltar gargalhadas.

O feedback do público é muito importante em cima do palco como é na vida, curiosamente eu associo a ideia de estar em palco, com a ideia de estarmos na vida, fazer tudo o que está ao nosso alcance para arrancar o riso e/ou o sorriso das outras pessoas”, explica.

SN

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Agência ECCLESIA

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