Encontro pelo Não encheu o Coliseu

Movimentos cívicos lançam últimos apelos à sociedade portuguesa, em defesa da mulher e da vida Foi um Coliseu de Lisboa completamente cheio e em clima de festa que acolheu ontem o Grande Encontro dos movimentos cívicos pelo «Não» ao aborto. A iniciativa decorreu em clima de festa, ao som do hino da Campanha da Plataforma “Não Obrigada”e do Rap dos Força Suprema. A plateia e os balcões estavam tapados com bandeiras rosa e branco, as cores da campanha, numa noite em que ficou vincada a mensagem em defesa da mulher e da vida. “Por um lado a vida e por outro a defesa das mulheres, porque acreditamos que aborto não é uma solução para as mulheres e, portanto, este «Não» é um grande sim para que as mulheres encontrem outra alternativa que as fará mais felizes”, disse Margarida Neto, mandatária da Plataforma Não Obrigada. Netos, pais e avós vibraram ao som dos Força Suprema: “abortar não é solução”. NGA, um dos membros do grupo, veio da linha de Sintra para tomar uma posição com a música: “o maior problema não é o facto de ter um filho, é não ter condições para criar esses filhos”. “A solução não é tirar vidas, mas criar condições para que essas vidas se possam desenvolver”, apontou à RR. A actriz, Ana Brito e Cunha abriu o comício onde entoou poemas e narrou representações teatrais onde a expressão “Não, obrigada” foi peça central. Os Força Suprema actuaram várias vezes durante o Encontro tendo como pano de fundo imagens que revelavam a vida no ventre e as várias etapas do embrião até chegar a feto. Isabel Neto afirmou que através da “campanha do «Não» é, hoje, mais claro para os portugueses que o aborto é um mal, que causa transtornos físicos e traumas na mulher”. “A voz do Não é a voz de grupos cívicos que nasceram directamente da sociedade civil, das mulheres e homens deste país”, assegurou, explicando que a principal diferença entre a natureza das campanhas demonstra-se através da “atitude”. “A nossa campanha procurou falar claro sobre as consequências negativas resultantes da liberalização do aborto”, repetiu Isabel Neto, explicando que o aborto “não pode tornar-se num método contraceptivo”. O trabalho de apoio à mulher, que tem sido desenvolvido nos últimos anos, esteve igualmente em relevo no comício, onde a responsável pela plataforma do «Não», realçou o esforço das “várias associações que têm estado no terreno a ajudar mulheres e crianças em risco”. Empenhados no Mega Encontro Pelo Não estiveram também os jovens do Diz que Não. Catarina Almeida, mandatária executiva deste movimento, afirmou à Agência ECCLESIA que com esta participação “queremos demonstrar que somos uma juventude que não se conforma com a liberalização do aborto”, estando no terreno “há muito tempo”. Os jovens juntaram-se neste movimento para afirmar a sua posição pelo Não. A estratégia, até ao último dia, será a mesma, porque “o que está em causa é uma falta de informação e esclarecimento, visível nas pessoas que encontramos” e o esclarecimento junto dos jovens é a sua prioridade. Do contacto diário com as pessoas “sentimos que a maioria rejeita a liberalização do aborto, porque percebem que há outras respostas possíveis”, relembra Catarina Almeida. No sítio www.ecclesia.pt/referendo2007 é possível consultar as actividades dos vários movimentos ao longo do dia de hoje. (Com RR e PortugalDiário)

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