Encontro para a pastoral de circos e feiras no Vaticano

Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes defende validade do mundo circense

Os directores nacionais da pastoral para os circenses e feirantes estiveram reunidos no Vaticano entre os dias 11 e 12 de Dezembro. D. Antonio Maria Vegliò, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI) deixou aos presentes uma palavra de estímulo para o trabalho nesta área.

Este responsável recordou que o espectáculo itinerante “desde sempre esteve presente na vida das pessoas e as acompanhou, irrompendo na sua vida quotidiana, às vezes cinzenta e banal, com um conjunto de actuações bonitas, entre luzes brilhantes, vivas decorações e músicas emocionantes”.

Por isso, acrescentou D. Vegliò, pode-se dizer que a vocação dos que se dedicam a esta actividade “sempre foi a de levar serenidade e paz, esperança e confiança, de que a pessoa, sobretudo hoje, tem mais necessidade quanto mais se distancia de Deus e das fontes da graça, fechando-se num materialismo cego e egocêntrico”.

“Na medida em que a pessoa se afasta do amor de Jesus Cristo, distancia-se também do seu próximo e deixa de entender o que ela é, qual é sua verdadeira dignidade, sua vocação e seu destino final”, apontou.

Para o presidente do CPPMI é fundamental a evangelização dos que trabalham no espectáculo itinerante, “entendida no seu sentido mais amplo como anúncio da palavra de Deus, comunicação da vida divina através dos sacramentos e do testemunho do serviço aos irmãos”.

“Acolhimento, hospitalidade, escuta, solidariedade, alegria e paz fazem dos circos e das feiras lugares extraordinários de reunião e de comunhão, nos quais diversas gerações e famílias encontram diversão e lazer e podem instaurar relações que enriquecem e constroem”, explicou.

O Arcebispo considera que, apesar dos “convites, petições e artigos que criticam esta forma de entretenimento, considerando-a como superada e pouco divertida” e lançam “propostas para um novo ‘circo sem animais’, o circo e a feira continuam a ser lugares importantes da cidade, por seu carácter social, cultural e pedagógico”.

Redacção/Zenit

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