Encontro Nacional de Migrações chega ao fim

Comunicação social e diálogo político são caminhos a seguir pela Igreja e a sociedade, defendem participantes Uma maior presença nos meios de comunicação social para melhor conhecer a realidade dos imigrantes e manter uma voz activa junto do poder político, com vista a diálogo construtivo mas também à denuncia perante situações contrárias aos princípios cristãos e aos direitos fundamentais da pessoa do imigrante são duas grandes propostas que o Encontro Nacional das Migrações pediu aos participantes.

Os desafios pastorais estiveram em análise durante três dias em Braga. Desafios a que os Secretariados diocesanos das migrações, as capelanias dos imigrantes, a Obra Católica Portuguesa das migrações e a Comissão Episcopal da Mobilidade da Humana querem responder.

O documento final de conclusões enviado à Agência ECCLESIA, aponta que a Igreja é das instituições em que os imigrantes mais confiam, sendo por isso necessário “investir na qualidade da resposta da Igreja”, e nos “agentes para a pastoral quer dos imigrantes quer dos emigrantes”.

A OCPM exprime a necessidade de, quer a nível nacional como diocesano, “ser mais activa na presença e na sensibilização dos órgãos de comunicação social, tanto nos generalistas como nos da Igreja, para os problemas das migrações e minorias étnicas”.

O documento aponta a importância de “acompanhar as políticas locais, nacionais e europeias, mantendo uma atitude de diálogo construtivo e de denúncia sempre que as decisões forem contrárias aos princípios cristãos e aos direitos fundamentais da pessoa do imigrante”

“Apelar aos responsáveis da Igrejas de Portugal e dos países de origem, para que disponibilizem agentes para o trabalho pastoral das migrações”, é outro dos desafios propostos para o trabalho próximo no âmbito das migrações.

A contínua interacção entre párocos e secretariados diocesanos deve ser estimulado para uma efectiva pastoral das migrações nas paróquias.

O documento aponta ainda a importância de “envolver as comunidades imigrantes” nos encontros das migrações, tornado-as “protagonistas da acção da Igreja, de forma a suscitar agentes pastorais, sociais e culturais no seio das próprias comunidades”.

A OCPM sublinha que a pessoa imigrante é um “sujeito com direito à plenitude da sua dignidade humana”, mas tem de querer passar “de uma condição de servidão laboral para o uso de plenos direitos como cidadão”.

O próximo Encontro Nacional das Migrações terá lugar em Lamego, de 6 a 10 de Julho de 2009, sob tema inspirado no Ano Paulino.

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