20 anos depois da histórica jornada convocada por João Paulo II A Comunidade de Santo Egídio promove nos dias 4 e 5 de Setembro um novo Encontro Mundial Inter-religioso e Jornada de Oração pela Paz, para recordar os 20 anos do histórico encontro convocado por João Paulo II, em Assis, em 1986, para lançar uma mensagem de esperança. Em memória desse dia, a Comunidade Santo Egídio, promove o encontro “Homens e religiões”, sobre o tema “Para um mundo de paz – religiões e culturas em diálogo”. Estarão presentes, entre outros, o Grande Rabino Cohen de Haifa; Ibrahim Ezzedine Conselheiro na Presidência dos Emirados Árabes Unidos; o secretário da Federação Luterana Mundial, Ismael Noko; o Presidente da Conferência das Igrejas Europeias, Jean-Arnold de Clermont; o Patriarca Armeno Karekine II Catholicos de Cilícia; os Cardeais Paul Poupard, Stanislaw Dziwisz e representantes de todas as confissões cristãs do Oriente e Ocidente, com uma forte presença das regiões de “fronteira” (Israel, Médio Oriente, Paquistão, Extremo Oriente e Mediterrâneo). Bento XVI recebeu recentemente em audiência o fundador da Comunidade de Santo Egídio, Andrea Riccardi, acompanhado por D. Vincenzo Paglia, bispo de Terni-Narni-Amelia (Itália), e conselheiro espiritual desta realidade eclesial. A audiência aconteceu na residência pontifícia de Castel Gandolfo, seguindo uma tradição iniciada por João Paulo II, sempre antes do Encontro de Oração pela Paz. A Comunidade de Santo Egídio (www.santegidio.org) foi fundada pelo historiador Andrea Riccardi em Roma, em 1968, à luz do Concílio Vaticano II. Hoje é um movimento (Associação pública de leigos da Igreja Católica) ao que pertencem mais de 50.000 pessoas e está comprometido na evangelização e na caridade em Roma, no resto da Itália e em mais de 70 países de diferentes continentes. Membros do movimento foram mediadores decisivos em conflitos civis e promover acordos de paz em vários países do mundo, incluindo Moçambique e, mais recentemente, o Uganda. O site oficial da comunidade seguirá em directo este encontro, no qual todos os presentes pretendem “dizer mais uma vez, com força, que a paz, só a paz, é o nome de Deus”. “Num tempo marcado pelo terrorismo e pelas guerras, como por esforços de diálogo e de reconciliação, as religiões assumiram um papel relevante no espaço público e nas identidades em confronto, pelo que são cada vez mais submetidas aos desafios das instrumentalizações extremistas”, alerta a comunidade católica.