Encontro Europeu de Taizé parte para nova etapa

Irmão Alois mostra gratidão pelo sucesso da edição em Bruxelas, nesta passagem de ano É grande o nosso reconhecimento pelo acolhimento que recebemos. Obrigado de todo o coração aos que abriram as suas portas. Obrigado aos responsáveis das Igrejas que apoiaram toda a preparação. Obrigado às autoridades civis que prestaram a sua colaboração. Nestes dias, fizemos esta experiência: estarmos reunidos numa comunhão tão bela faz nascer uma esperança para a nossa vida pessoal, para a sociedade e para o mundo. Esta comunhão, vivida concretamente, abre-nos a uma nova compreensão de Deus. Todos nós, quando regressarmos a casa, gostaríamos de transmitir esta esperança. Para isso, será necessário regressarmos constantemente à fonte. Essa fonte está aí, muito perto de nós, e mesmo dentro de nós. Ela reside numa comunhão pessoal com Cristo. Escutemos cada manhã o seu amor! Ele conduz-nos à vida. Recordei-vos que, para caminhar na fé, temos esse tesouro que é a Bíblia. Por vezes apenas retemos uma palavra, mas o importante é pô-la em prática. É ao pô-la em prática que a compreenderemos melhor. Então, cada um de nós, quando deixar Bruxelas, poderá perguntar-se: que palavra que me tocou e poderei pôr em prática? Na vossa vida de fé, não fiqueis sozinhos! Na vossa Igreja local, mesmo a dois ou a três, é possível que vos ajudeis mutuamente na oração, no aprofundamento da confiança em Deus. Nós, os irmãos de Taizé, gostaríamos muito de vos apoiar onde quer que estejais! Mas somos uma pequena Comunidade que tem em primeiro lugar a vocação de viver uma vida fraterna, quer em Taizé quer nas nossas diferentes fraternidades. Da minha parte, com alguns irmãos, alegro-me por poder ir este ano a vários países. No início de Maio, teremos pela primeira vez uma etapa da Peregrinação de Confiança nos países bálticos, com um encontro em Vilnius, na Lituânia. Depois, haverá outras etapas da Peregrinação em Sevilha, em Espanha, mais tarde em Estugarda, na Alemanha, e em Pécs, na Hungria. Durante estes dias, muitos de vós rezastes um momento no local de silêncio. Aí, tiveram a possibilidade de receber o sacramento da reconciliação, ou simplesmente de se serem escutados. Fostes muitos a confiar uma questão, um sofrimento ou uma alegria. Como viver melhor o ministério da escuta nas nossas Igrejas? Há homens e mulheres que estão prontos e podem fazê-lo. Ser acolhido pessoalmente, confiar-se a alguém, é essencial para encontrar sempre de novo a confiança em Deus. O que procuramos no mais profundo de nós mesmos é a paz, a paz do coração e a paz para toda a família humana. Santo Ambrósio dizia: «Começai em vós a obra da paz, para que, uma vez pacificados vós mesmos, leveis a paz aos outros». Deus dá-nos esta paz. Mas ele não a impõe do alto. O Evangelho conta de que modo inaudito Deus age com a humanidade. Ele pede a cada uma e a cada um de nós para participarmos na sua obra de reconciliação e para contribuirmos para a criação de uma nova fraternidade entre os homens. Que compromissos estão então ao nosso alcance, tendo em conta a complexidade dos problemas à nossa volta, a pobreza, as injustiças e as ameaças de conflitos? Será que poderemos ir ter com os outros, numa grande simplicidade? Vamos ter com os mais vulneráveis! Visitemos os excluídos ou os abandonados! Procuremos realizar sinais concretos de uma Europa aberta e solidária. Pensemos em particular nos imigrantes, que estão tão perto de nós e contudo tantas vezes tão longe! Descobriremos assim a presença de Cristo, mesmo onde não a esperávamos. Ressuscitado, ele está aí, no meio dos homens. Ele está à nossa frente nos caminhos da compaixão. E, pelo Espírito Santo, ele renova desde já a face da terra e torna possível a esperança. Irmão Alois, Bruxelas, 1 de Janeiro de 2009

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