Encontro de Vladimir Putin e Bento XVI no Vaticano

A audiência ao presidente russo deverá promover o diálogo ecuménico Suscitou esperanças ecuménicas, tanto em Moscovo como no Vaticano, a primeira visita que o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, realiza hoje ao Vaticano A audiência “vai contribuir para o fortalecimento das relações entre a Santa Sé e a Federação Russa”, considera o Pe. Igor Kovalevski, secretário-geral da Conferência Episcopal Católica na Rússia. Em declarações à agência Zenit, o Pe. Kovalevski manifestou que “tanto o Vaticano como a Federação Russa partilham muitos pontos em comum sobre problemas que afectam a humanidade” e, neste sentido, o encontro será muito enriquecedor. Contudo, considerou que “a melhoria da relação entre a Igreja Católica e a Ortodoxa, assim como a resolução de seus problemas, são tarefas que competem exclusivamente a ambas Igrejas”. Sobre alguns pontos «delicados» sobre as leis do Estado russo, como é o caso de outorgar vistos e permissões de estadia a servidores do clero católico no país, o Pe. Kovalevski afirmou que neste aspecto “os trâmites e a relação melhorou notavelmente”. “Ultimamente não tivemos nenhuma dificuldade dentro do território da Federação Russa para que nos sejam outorgados os vistos e permissões correspondentes e, ainda que seja a um alto nível, a relação neste sentido melhorou muito”, apontou o secretário-geral da Conferência Episcopal. Por sua parte, o secretário para as relações inter cristãs do Patriarcado de Moscovo, Pe. Igor Vyzhanov, manifestou que a Igreja Ortodoxa “esperava que neste encontro houvesse um diálogo de civilizações e que, como dois chefes de Estado, se abordassem temas como os valores universais e a igualdade no mundo”. Sobre se a reunião ajudaria a aproximação entre a Igreja Católica e a Ortodoxa, o Pe. Vyzhanov assinalou que este era um encontro entre representantes de Estado, e não entre confissões. “Ambas as Igrejas dispõem de meios para falar num contexto aberto. Parece-me que cada um deve actuar dentro de sua área: a Igreja manter um diálogo com outras Igrejas, e o Estado, com outros Estados”. “Vão acontecer mudanças positivas nas relações entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa russa durante este pontificado”, afirmou por sua parte o bispo Hilarion de Viena, representante da Igreja Ortodoxa russa pernte as instituições europeias. No segundo dia de visita, após a visita ao Vaticano, Putin deverá pedir, em nome do Patriarcado Ortodoxo Russo, à prefeitura de Bari, cidade tradicionalmente querida pelos ortodoxos russos, que entregue em propriedade, a igreja Russa dessa cidade, dedicada a São Nicolas. A última visita de Vladimir Putin ao Vaticano aconteceu em 2003, onde decorreu um encontro com João Paulo II. Com Agência Zenit

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