Encontro de Movimentos e Obrais Laicais animou Diocese do Porto

“Fora da Salvação não há Esperança”: Este foi o tema da comunicação de D. António Couto no Encontro dos Movimentos e Obras Laicais, a fim de partilhar a sua reflexão com quem quis aderir ao longo do dia 31 de Maio, na Casa de Vilar. A sala encheu, com 280 cristãos. A presidir à mesa esteve D. António Taipa, Bispo Auxiliar do Porto, que acompanha os Movimentos laicais da Diocese, e Maria Leopoldina Pinho, em representação Secretariado Permanente da Assembleia Diocesana de Movimentos e Obras Laicais Numa perspectiva paulina, com base na Encíclica Papal Spe Salvi, o Bispo Auxiliar de Braga referiu que o próprio título da Carta, escolhida por Bento XVI, vem de S. Paulo (Rm. 8, 24-25). Nesta articulação, entre Salvação e Esperança, a comunicação de D. António baseou-se na paráfrase do princípio eclesiológico: «Fora da Igreja não há Salvação», contrapondo também «Fora da Salvação não há Igreja», pois “só em Deus está a Salvação”, já que a pessoa não se pode salvar a si mesma! Para além de visitar outros lugares onde S. Paulo usou ambos os conceitos, explicou o significado deste vocabulário: a diferença entre esperança pagã e a Esperança cristã e abordou outras articulações: a esperança e a fé ou amor (“reclama como seu fundamento a Fé ou a Fidelidade de Deus ou o Amor de Deus”, apontou o biblista), a esperança e Deus e a metáfora da Luz ou a modernidade, a esperança e a salvação, a esperança e a paciência, a esperança e o sofrimento (lugares de aprendizagem da esperança) e a esperança e o rosto tenso, em que a vivência desta Esperança é viver esperando alguém e viver sabendo que alguém espera por nós. Esta reflexão doutrinal do prelado missionário da Boa-Nova foi seguida de diálogo com a assembleia, tendo-se, de tarde realizado um momento de Trabalho de Grupos. Foram propostas para reflexão estas duas questões: Sinais de Esperança na sociedade, família, Igreja; Sinais que fazem tremer a Esperança e, por isso, a provocam. Pelas sínteses dos 18 grupos levadas a Plenário, podemos deduzir que foi um trabalho rico e participativo. A título de exemplo, registámos as ideias das respostas com maior frequência. Sinais de Esperança Os participantes sublinharam que encontros como estes provam que a Igreja está viva; logo são sinais de Esperança; Valorizaram a oportunidade de constatar, conhecer e conviver com tantos carismas de Movimentos e Associações laicais como sinal de Esperança numa verdadeira caminhada de partilha e comunhão, desde a especificidade de cada carisma; Viram nas respostas generosas aos apelos das O.N.G. e Movimentos de Solidariedade, mesmo em tempos de crise, sinais de Esperança duma maior consciência do sentido de partilha; Realçaram o facto de que, em certos ambientes, os jovens estarem a despertar mais para o transcendente, para a oração e para o voluntariado social. Sobre os Sinais que fazem tremer a esperança e, por isso, a provocam: Família em desagregação; a carga demasiado negativa das notícias emitidas pelos Órgãos de Comunicação social; o materialismo que idolatra o dinheiro; uma educação facilitista que gera o egoísmo, o comodismo, a rejeição das dificuldades e sofrimentos. Perante estas realidades irrefutáveis, os cristãos são desafiados a recorrer à criatividade para, activamente, “esperar contra toda a esperança”. E, na base desta luta, tem que estar a oração, a união com Cristo: “Sem Mim, nada podeis fazer”.(Jo. 14,5). A Missão na Igreja Terminado o Plenário, D. António Taipa encerrou o encontro, antes da recitação do Cântico do Magnificat. Depois de agradecer a grande afluência de participantes, referiu-se à riqueza vivida, ao longo do dia. Reportando-se à oração da manhã, D. António frisou que a oração é um tempo que vale por si mesmo, mas que quis apresentar uma oração pedagógica para nos ajudar a rezar com a Palavra de Deus. E lembrou que a oração é essencial à vida dos Movimentos. Acrescentou ainda que oração, reflexão e refeição nos constituem em Corpo, em Igreja que somos. A seguir, recordou que a Igreja do Porto está a preparar-se para a missão 2010 e que, no dia 28 de Junho, começa o ano de S. Paulo. Com ele devemos aprender a evangelizar, a sentir a urgência da evangelização: “Ai de mim, se não evangelizo.”(1.ª Cor. 9,16), a experimentar a alegria de evangelizar: “Cristo é Evangalizado, e nisto me alegro” (Fl.1,20). Por último, D. António Taipa relembrou as duas próximas actividades: 27 de Setembro, prioritariamente para os Dirigentes dos Movimentos e Obras laicais e Jornada de 22 de Novembro, aberta a todos os leigos da Diocese. O tema central será sobre S. Paulo, também orientado por D. António Couto. E, no dia 23, Festa de Cristo Rei, dizia o . António Taipa que o nosso Bispo precisa de nos ver à volta do altar. A cidade precisa de nos ver à volta do altar. Não se trata simplesmente de ir à Missa, mas precisamos de estar todos, nesse dia, à volta do altar. André Rangel, Julinda Brochado e MCF

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