Encontro com Bento XVI inicia nova etapa nos movimentos e comunidades

O encontro que reuniu, este fim de semana em Roma, cerca de meio milhão de representantes de movimentos e novas comunidades eclesiais foi uma oportunidade para potenciar a tomada de consciência sobre a importância destas realidades na Igreja. Uma opinião partilhada à Agência ECCLESIA por Benjamim Ferreira, o Director do Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e Família (SNALF), na avaliação da Vigília de Pentecostes convocada, este ano, por Bento XVI, depois do primeiro encontro com João Paulo II em 1998. Para o responsável deste secretariado da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF), do ambiente vivido na tarde de sábado em Roma, fica uma “impressão de profundidade”, sobretudo ao ver “uma Igreja, expressa através deste seu aspecto mais carismático, e que manifesta uma exigência, à qual tem uma resposta a dar, e que parecia muito expressa nas palavras de Bento XVI”. Abria-se, assim, “uma nova etapa na vida destas realidades eclesiais, através dos pontos colocados em evidência: o Espírito é fonte de vida, de liberdade e de unidade. Convidando, ainda, as realidades eclesiais ali presentes, a caminharem nesse sentido”, sublinhou. A expectativa, em relação ao que poderia ser este encontro dos movimentos e das novas comunidades eclesiais com o Papa, era grande, mas, acentua Benjamim Ferreira, depois de todo o caminho feito após o encontro com João Paulo II em 1998, “um caminho de comunhão entre estas realidades eclesiais”, as palavras do Papa “caíram num terreno preparado”. Da presença de movimentos e obras em Portugal, o SNALF tem conhecimento de cerca de 70 e, de alguns desses, estiveram em Roma, algumas centenas de pessoas. “Através de contactos informais sabemos que houve uma participação numerosa dos movimentos portugueses mas, não houve um trabalho de coordenação do SNALF nesse sentido”. Segundo este responsável, dos vários movimentos, alguns “são muito vocacionados para o trabalho estritamente ligado à paroquia, mas também há outros que têm uma actuação fora do âmbito paroquial, sem a excluir”. Quanto ao papel dos movimentos dentro da Igreja, Benjamim Ferreira salienta que na realização do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE) em Lisboa, foi evidente a presença de realidades eclesiais que conseguem chegar e atingir ambientes, onde a estrutura paroquial e, até mesmo as estruturas das dioceses, tem alguma dificuldade, ou até mesmo a impossibilidade de chegar”. “É uma presença significativa”, conclui.

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