Encerramento da visita pastoral de D. António Couto

Rendufe apresentou residência multifuncional A paróquia de Rendufe, no arciprestado de Guimarães/ /Vizela, assistiu, engalanada, à apresentação do restauro da residência paroquial, por ocasião do encerramento da visita pastoral de D. António Couto, nesta que foi a primeira do mais recente Bispo Auxiliar de Braga. A restaurada casa paroquial ou «residência de apoio à paróquia », como lhe chama o padre Silvino, pároco de Rendufe, Atães e S. Cosme, antiga residência paroquial é, agora, «um espaço multifuncional com duas secções distintas: a zona privada, destinada ao pároco e a zona pública, destinada aos diversos serviços da comunidade, sejam pastorais, culturais ou sociais», frisou o pároco, no acto de inauguração e bênção que se seguiu à eucaristia na qual D. António ministrou o sacramento da Confirmação a 50 jovens. Para a paróquia, a principal finalidade destas obras ligam-se, por um lado, à «recuperação de um espaço que estava completamente abandonado» e que com esta revitalização potencia as infra-estruturas paroquiais. Por outro lado, do ponto de vista urbanístico, aquele espaço central, o coração da freguesia, necessitava de uma urgente actuação. Deste modo, paróquia, Junta de Freguesia e Câmara Municipal são unânimes a afirmar e a ressaltar o belo e agradável resultado final da intervenção. As obras, que se iniciaram à cerca de dois anos, foram supervisionadas por um gabinete de apoio técnico cedido pela Câmara Municipal, constituído pelos arquitectos Filipe Vilas Boas e Diana Moita. De ressaltar que houve o cuidado de manter unanimidade e coerência nos materiais usados, tendo em conta a rusticidade do imóvel. «Atendeu-se ao respeito pelo antigo, como até se pode ver do exterior, no trabalho de carpintaria executado todo em madeira», afirmou Filipe Vilas Boas. Em relação às despesas globais da obra, estas ascendem aos 80 mil euros que serão largamente cobertos e suportados pelos paroquianos. «Além o esforço imenso que fizemos a nível paroquial, com cortejos, peditórios, esmolas, cantar os reis, contamos com um apoio da Câmara Municipal e Guimarães, já prometido pelo presidente, António Magalhães», afirmou o pároco. No acto público de inauguração, o edil vimaranense ressaltou o «excelente trabalho realizado » e deixou a garantia de «tudo fazer para que os valores e os símbolos que traduzem as nossas origens sejam respeitados e promovidos». Isto porque, no mesmo momento, D. António Couto benzeu a nova bandeira da freguesia, um «símbolo de todos os habitantes de Rendufe», afirmou António Magalhães. A celebração da Eucaristia, presidida por D. António Couto, animada por um grupo coral interparoquial e muito participada pelos fiéis, encerrou a visita pastoral de três dias. Na quarta-feira o “bispo da esperança” teve um encontro interparoquial com os movimentos, na quinta-feira visitou as escolas e reuniu-se com as comissões de festas. Ontem, crismou meia centena de jovens e lançou-lhes o desafio de viverem a verdadeira «linguagem do amor que é a linguagem do Espírito Santo», exortou o prelado. Além disso, disse que «é pela caridade, manifestação do dom, que Deus se torna presente no meio de nós». Na homilia, D. Couto explorou as virtudes teologais, fé, esperança e caridade e, a partir do texto do Evangelho, apresentou um «Deus que se faz próximo dos homens, que houve o grito aflitivo de cada um e que está sempre pronto a amar gratuitamente », afirmou. D. António terminou a Eucaristia com um exemplo concreto em jeito de mensagem: «se um chinês um português se encontrassem quis neste momento e nenhum deles falasse outra língua que não a sua materna, o mais certo seria não se entenderem. Mas, se um deles pegasse numa flor e a oferecesse ao outro então estava lançada a base do entendimento. Esta é a linguagem do dom, da gratuidade, do amor, da caridade, numa palavra, de Deus», concluiu bispo, na primeira visita pastoral que realizou.

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