D. António Francisco dos Santos encerrou Fórum de Educação Moral e Religiosa Católica recordando a tristeza que atinge hoje «muitos alunos»
Fátima, Santarém, 28 jan 2013 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) sublinhou este domingo em Fátima a necessidade de formar professores capazes de ajudarem as novas gerações a encontrarem o seu rumo na sociedade.
No encerramento do Fórum de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), que decorreu durante três dias no Seminário do Verbo Divino, D. António Francisco dos Santos recordou que “a escola, sendo loja de sementes, é e pode ser loja de fecundidade onde se criem novas árvores, se façam e anunciem novos frutos”.
De acordo com o bispo de Aveiro, cabe aos professores saberem “trabalhar essas sementes”, que se forem orientadas para “bom terreno”, darão “frutos abundantes a seu tempo”.
Ao olharem para os educadores, os alunos devem ver alguém “que os ama e respeita, que despertou neles a vocação e que, como João Baptista, aplanou para eles caminhos e ajudou a construir o futuro”, acrescentou.
A iniciativa organizada pelo Departamento Nacional de EMRC teve como principal objetivo reforçar a formação dos agentes que trabalham nesta disciplina e contou com a presença de mais de 200 docentes, vindos de todas as dioceses do país.
Sob o tema “Descobrir a solidez da fé: Testemunho e missão do professor de EMRC”, os participantes tiveram a oportunidade de debater questões relacionadas com a sua missão nas escolas, não apenas enquanto docentes mas também como evangelizadores.
D. António Francisco dos Santos sustentou que os professores de EMRC devem ser capazes de transformar “a escola num chão diferente”, através de um trabalho que alie a “prática” à “sabedoria”, que siga o rumo da “reflexão, da autoavaliação, da partilha, do entusiasmo e da humildade” e que nunca deixe de lado a relação com Deus.
Tal como “não existem computadores que trabalhem bem sem atualização, não pode haver cristãos que vivam e trabalhem sem oração”, apontou o prelado, destacando ainda que a Igreja Católica conta com os docentes de EMRC para serem “evangelizadores com novo vigor, com novo entusiasmo e encanto”.
O presidente da CEECDF abordou também a relação dos professores com os país, afirmando que é preciso construir uma relação próxima com os encarregados de educação, aberta à partilha de “sonhos, alegrias, dores e preocupações”.
Na eucaristia do último dia do Fórum, o bispo aveirense reforçou que os professores são como um “livro aberto onde os alunos leem o sentido da vida e os projetos de Deus a seu respeito”.
No atual momento que Portugal atravessa, “ainda existem muitos alunos tristes” e só um “olhar atento e fundado no evangelho” poderá alterar este “olhar triste confiando num Deus que acolhe as lagrimas e ensina a viver com alegria”, concluiu.
Educris/JCP