EMRC: novos desafios

800 professores em Fátima para um Fórum sobre os novos programa 800 professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) estão reunidos em Fátima, desde esta manhã, para o Fórum de Lançamento dos Novos Programas da disciplina. A iniciativa decorre até ao próximo dia 8 e está subordinada ao tema “Quando a Cultura é Interpelada pela Fé”. Na conferência inaugural, o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã, D. Tomaz Silva Nunes, afirmou que “a educação autêntica não é neutra, exige e pressupõe valores”. Perante a “sensação de vazio, dada a ausência de valores ou do modo como são considerados” é necessário ajudar os alunos a desenvolverem um “sentido crítico perante a vida concreta”, referiu D. Tomaz Silva Nunes. Este responsável considerou que é indispensável promover “valores e critérios éticos” que despertem em cada aluno questões e interrogações e os conduzam a procurarem novas práticas e novos modos de agir para, juntos, construirmos uma “sociedade justa e fraterna”. A disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica procura, através de uma “moral religiosa de cariz católica” propor uma visão coerente e articulada com a cultura e a ciência. Compete a esta disciplina promover e desenvolver a formação global do aluno, a fim de que “compreendam a perspectiva cristã da vida e a relacionem com as suas situações particulares”, de modo a adquirem as competências necessárias para “interpretarem a realidade segundo os princípios e valores éticos radicados na mensagem cristã”. O reformulado programa da disciplina apresenta novas áreas temáticas e encontra-se articulado de forma a ir ao “encontro com as novas orientações do Ministério da Educação”. Neste âmbito, D. Tomaz Silva Nunes sublinha como relevante “a interdisciplinaridade, a componente humana do trabalho, a educação para a cidadania, a nova estruturação baseada em competências» e com «uma metodologia mais flexível”, que permitirá diversos caminhos didácticos, exigindo porém de cada professor mais criatividade e capacidade de dar resposta às diferentes situações pedagógicas. O Bispo Auxiliar de Lisboa considerou que é urgente e necessário criar um “grupo de trabalho” que acompanhe a aplicação dos novos programas da disciplina de EMRC e que, no âmbito de uma reflexão alargada, possa encontrar novos caminhos e recursos de apoio à disciplina. Antes desta intervenção, Mons. Augusto Arruda Cabral, Director do Secretariado Nacional da Educação Cristã, acolheu todos os presentes com palavras de motivação e pediu a todos os docentes de EMRC que transformem as suas aulas em “laboratórios geradores de perguntas”, dado que só deste modo a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica se pode tornar como verdadeira “mais valia para as vida dos nossos alunos”. Por isso, defendeu, compete a cada docente orientar as novas gerações para o encontro com o “sentido pleno da vida”. Redacção/Paulo Morgado (www.emrcdigital.com)

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