Emprego: Juventude Agrária Católica Rural alarga debate aos mais novos

Movimento quer «abrir os horizontes» de crianças e adolescentes ao nível das oportunidades e dificuldades que os esperam

Lisboa, 13 jul 2012 (Ecclesia) – A Juventude Agrária Católica Rural (JARC) vai alargar o debate sobre “emprego e desemprego” aos mais novos, durante um campo de férias em Ribamar, no Patriarcado de Lisboa, para crianças e adolescentes dos 9 aos 14 anos.

Em entrevista ao programa ECCLESIA da Antena 1, que poderá ser acompanhado esta noite a partir das 22h45, Tânia Bruno, responsável pelo projeto, sublinha a importância de “abrir os horizontes” dos mais pequenos, ao nível das oportunidades e dificuldades que os esperam.

“Muitas vezes eles chegam ao 10.º ano e ainda não sabem qual é a área que vão escolher e aquilo que tentamos fazer é conseguir que eles tenham toda a informação possível, para depois fazerem as suas opções”, aponta a animadora.

O campo de férias e formação da JARC, que se vai realizar entre 29 de julho e 4 de agosto, na Casa do Oeste, em Ribamar, vai incluir também temas como a saúde, o bem-estar, a pesca e a agricultura.

Em época de crise, saber lidar com o mar e com a terra e daí colher sustento ganha ainda mais relevância e a organização católica vai “tentar ao máximo” pôr crianças e adolescentes “em contacto” com profissionais destas áreas.

Os elementos participantes vão ainda ser desafiados a colocarem “a mão na massa”, cuidando de uma pequena horta e colhendo os seus frutos.

“Cada vez mais as pessoas optam por cultivar os seus próprios legumes” recorda Tânia Bruno, que concilia a sua atividade voluntária na JARC com o trabalho de professora, no primeiro ciclo.

Já com uma longa ligação à Juventude Agrária, que começou bem cedo “como participante” dos campos de férias, a animadora destaca o contributo deste tipo de iniciativas para o desenvolvimento das novas gerações.

Ao entrarem nesta aventura, os mais novos estão também a desenvolver as suas capacidades de “sociabilização” e a assimilar outras “experiências de vida”, salienta.

As inscrições para esta atividade de verão ainda estão abertas e a organização espera uma boa participação, em função do sucesso verificado em anos anteriores.

“No fundo eles adoram, porque no último dia saem de lá todos a chorar, com saudades já uns dos outros, a perguntar porque é que não fazemos campos de férias com duas ou três semanas”, confidencia Tânia Bruno.

A Juventude Agrária Rural Católica é um movimento católico de âmbito internacional que tem como principal objetivo a evangelização dos mais novos e o desenvolvimento do meio rural.

Em Portugal, o organismo (com sede nacional em Lisboa) está distribuído por diversas dioceses, como Braga, Viana do Castelo, Santarém, Leiria e Beja.

PRE/JCP

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Agência ECCLESIA

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