Emigração: Portugal está a perder «recursos fundamentais» para o futuro do país

Nova coordenadora da JOC lamenta que muitos jovens não tenham condições de trabalho

Lisboa, 08 abr 2014 (Ecclesia) – A presidente nacional da Juventude Operária Católica (JOC), Lisandra Rodrigues, lamenta que muitos jovens portugueses estejam a optar pela emigração afirmando que o país com essas partidas está a perder “recursos fundamentais para o seu futuro”.

“Muitos jovens optam por emigrar depois de estar há muito tempo à procura de emprego em Portugal e a emigração não pode ser a solução para os jovens portugueses. O país está a deixar escapar jovens que são recursos fundamentais para o futuro nacional”, disse à Agência ECCLESIA.

Para combater esta realidade, a JOC pretende “dinamizar e dar a conhecer a todos” a sua campanha nacional contra o desemprego apresentada em fevereiro.

O lema desta campanha que vai durar até agosto de 2015 é ‘Dá emprego aos teus sonhos, dá trabalho à tua vida’ e com ela a JOC pretende “conhecer a realidade do desemprego no meio onde o movimento está presente, indo muito além das estatísticas tentando conhecer as pessoas, as suas dificuldades para perceber de que forma a JOC pode ajudar.”

“A intenção é que através desta campanha o agir mostre novos caminhos e soluções em primeiro lugar no local em que cada movimento está mas depois que dê também pistas a nível nacional para que possamos tratar destas questões com outros parceiros e entidades”, revela a nova coordenadora nacional da JOC.

“Os jovens têm atualmente muita dificuldade de perceber qual é o seu caminho e isso leva a que muitas vezes pareça que já não conseguem sonhar, ou seja, sentem que tudo aquilo que perspetivaram para o seu futuro não vai acontecer devido às tantas dificuldades e obstáculos que estão a acontecer no país”, lamenta Lisandra Rodrigues.

A coordenadora da JOC analisa o facto da taxa do desemprego jovem estar nos 35 por cento em Portugal lembrando que “é difícil para já encontrar emprego e depois quando se encontra é preciso que este tenha o mínimo de condições para que o jovem possa viver a vida com dignidade e com uma estabilidade a médio ou longo prazo”.

“Outro dos meus objetivos é também colocar em marcha aqueles que foram os objetivos e as prioridades definidos no plano de ação em Assembleia Nacional da JOC em agosto passado. Prioridades que passam por uma aposta na expansão e consolidação do movimento nas oito dioceses onde já estamos representado bem como nas restantes onde queremos passar a estar presentes”, conclui Lisandra Rodrigues.

A JOC surgiu na Bélgica em 1925, através do padre Joseph Cardijn, e chegou a Portugal 10 anos depois, assumido como missão “a libertação dos jovens trabalhadores”.

PR/MD

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