Sandra Santos, uma jovem de Loures, fala da sua experiência naquela comunidade religiosa
Conheceu a comunidade “através de um amigo, que pertencia ao mesmo movimento católico de jovens”. A vontade de ir à fonte e viver uma experiência mais intensa foi crescendo, à medida que a jovem começou a participar em algumas celebrações, que eram animadas pela música de Taizé, na sua paróquia, em Loures.
“Sentia a necessidade de ir até lá e perceber o que era, que comunidade era esta”, explica Sandra Santos, ao recordar como tudo começou.
Na primeira vez que visitou a pequena aldeia francesa, da região da Borgonha, a jovem “apenas sabia como eram as orações, através dos amigos que lá tinham estado”.
Normalmente, o programa dos jovens em Taizé tem a duração de uma semana, com 3 momentos diários de oração, de manhã, à tarde e à noite. O dia a dia é ainda preenchido com períodos de reflexão bíblica, workshops temáticos, sessões de cânticos e trabalho comunitário.
Para aqueles que nunca foram, Sandra Santos fala numa vivência em que se “encontram pessoas de todas as vertentes do cristianismo”, que têm a oportunidade de “parar e pensar que rumo é que hão de dar às suas vidas, que sentido é que essas vidas têm”.
A visita a Taizé fez com que a jovem de Loures procurasse outras oportunidades para dar continuidade à experiência que teve.
Em 2004, a realização do Encontro Europeu de Taizé em Portugal permitiu-lhe fazer parte de uma das equipas de acolhimento, na sua paróquia.
Na altura, cerca de 10 mil famílias da região de Lisboa abriram as portas das suas casas, para acolherem os participantes daquele que era o 27.º encontro anual da comunidade de Taizé, numa capital europeia.
Trata-se de uma iniciativa “completamente diferente de Taizé” refere Sandra Santos. Enquanto que na dinâmica vivida naquela aldeia francesa dominam os tempos de oração, de reflexão, de paragem, “os encontros europeus têm também uma vertente mais lúdica e turística, de conhecer a cidade de acolhimento” revela a jovem.
O facto de ter acolhido um grupo de jovens, no encontro europeu de 2004, levou-a depois a querer também “experimentar o que é ser acolhida”.
Desde essa altura, Sandra Santos já participou em 3 encontros europeus de Taizé, na Itália, Croácia e Polónia.
Este último, em 2009, foi realizado na cidade de Poznan e é recordado pela jovem como um autêntico encontro mundial.
“Tivemos pessoas vindas da China, por exemplo, e foi muito engraçada a partilha que foi feita com eles, durante aqueles dias”, recorda.
O facto de milhares de jovens se juntarem, no final do ano, para rezarem e partilharem experiências de vida, pode ser considerado estranho, numa época tradicionalmente dominada pela euforia e pelo barulho.
“Nos encontros europeus, a meia-noite da passagem do ano é feita em vigília, numa Igreja”, conta a jovem de Loures.
“Chamam-nos de loucos, mas o que se pretende é que a vigília seja pela paz e é algo que marca, quando as noticias dizem que milhares de jovens passaram o ano a rezar”, acrescenta ainda.
A experiência de fé da jovem Sandra Santos, através dos caminhos da comunidade de Taizé, vai ser tema de destaque esta Terça-feira, dia 17, no Programa da Igreja Católica na Antena 1, a partir das 22h45.