Foram milhares os portugueses residentes em Londres, no Reino Unido, que no passado Domingo da Ascensão do Senhor, dia 4 de Maio, se congregaram no Kennington park, para assinalar o Dia da Comunidade, originária da Madeira. Foi a primeira vez, que esta efeméride se realizou ao ar livre, com a força da visibilidade que este tipo de manifestações públicas encerra. Um evento que aconteceu no mês em que os emigrantes celebram Fátima com devoção e fervor. Além, das autoridades políticas do Governo Regional da Madeira, do Embaixador de Portugal, de parlamentares do circulo da emigração e autarcas da ilha, marcou ainda presença o bispo emérito do Funchal, D. Teodoro de Faria. Na eucaristia da solenidade da Ascensão, o prelado elogiou os leigos e leigas portugueses emigrantes que, semeados pelo mundo tem levado a fé e a religiosidade mariana. “Muito antes de as comunidades se organizarem com sacerdotes, foram os leigos – homens e mulheres – que, fieis a sua identidade crista, fundaram com ousadia comunidades cristas portuguesas e sensibilizaram as igrejas de acolhimento para se abrirem a outras tradições, cantares, línguas e culturas”, disse o prelado, membro da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana. Uma homenagem muito sentida em pleno Maio, mês em que pelo mundo, nos mais diferentes ambientes, os portugueses recitam o rosário e celebram a sua fé à maneira portuguesa, honrando a Nossa Senhora de Fátima. Sem dúvida, mais uma razão para justificar a celebração com memória e gratidão do próximo Congresso Missionário Nacional, em agenda para o corrente ano. A história da missionariedade da igreja portuguesa não se entende na sua globalidade e riqueza sem a acção dos leigos portugueses que, ao decidir emigrar para os quatro cantos do mundo, foram ousados e teimosos evangelizadores, fundadores insignes de comunidades cristas, algumas delas em sociedades onde a fé católica não era conhecida, nem incidência social e cultural. Manuel da Silva