Relatou à Agência ECCLESIA, a directora da Casa Carmo
O rosto era um misto de cansaço e emoção, mas a irmã Maria do Carmo, directora da Casa Carmo, em Fátima, ainda conseguiu relatar à Agência ECCLESIA alguns pormenores da estadia de Bento XVI naquela casa. “Não sei dizer nada… Foram uns dias muitos cansativos e quase não tive espaço para gozar da presença do Papa nesta casa” – disse.
Passados alguns minutos após a saída de Bento XVI da Casa Carmo, os olhos da irmã Maria do Carmo ainda brilhavam. “Hoje começo a sentir saudade do Papa se ter ido embora, foi uma sensação que ainda não consegui digerir” – afirmou.
Bento XVI chegou a Fátima na tarde do dia 12 de Maio e saiu esta manhã (14 de Maio) do Santuário de Fátima. “Ele gostou muito de estar aqui… Gostou de tudo”. Ao fazer referência às refeições de Bento XVI, a responsável da Casa Carmo confidenciou: “comeu um prato de peixe quando chegou e dois pratos de carne na refeições seguintes”. “Sempre pratos portugueses”. Os pequenos-almoços foram “reforçados”.
O sumo de laranja acompanhou “todas as refeições”. A Irmã Maria Carmo confessou que, “em especial”, Bento XVI gostou “imenso, imenso da torta de noz”. Depois de provar este doce, o Papa “sempre a quis nas refeições da sala privada onde ele comeu”.
Depois de consultar algumas pessoas, a Irmã Maria do Carmo resolveu colocar na ementa “um prato de bacalhau especial”. E adianta: “o que fizemos para o Papa, fizemos para toda a gente” que ficou instalada na Casa Carmo.
Com visitante tão ilustre, a Irmã Maria Carmo salienta que “nestes dias servimos do melhor que temos, mas não comprámos nada de novo, nem talher especial”. E recorda que a Casa Carmo tinha “um serviço de loiça quando recebeu João Paulo II”.
Como responsável da casa, a religiosa cruzou-se várias vezes com o Papa. Na entrada da Casa do Carmo e também nas refeições. “Não fui eu que lhe fiz a limpeza ao quarto, não lhe fiz a cama, mas ajudei um bocadinho na decoração” – referiu.