Em defesa dos pobres de África, Caraíbas e Pacífico

No dia 27 de Setembro faz cinco anos que iniciaram as negociações dos Acordos de Parceria Económica (APE) entre a União Europeia e 77 Países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP). O espírito com que se iniciaram os acordos era de introduzir estes países na economia mundial por meio do incremento das relações comerciais com a Europa e a promoção do desenvolvimento económico destes países e destes com os países da sua região. No entanto, as negociações acabaram por tomar um rumo em que o mais importante é a criação de novos mercados para a Europa numa lógica de livre mercado. Para agravar a situação de fragilidade dos países ACP, está o limite de tempo para assinar os acordos até ao final de 2007. A AEFJN (Rede África-Europa Fé e Justiça) convida os portugueses a enviarem, individualmente e por email, a carta ao Primeiro-Ministro José Sócrates, pedindo o seu empenho pessoal para que as desvantagens dos APE para as populações africanas sejam superadas e sejam asseguradas condições de desenvolvimento sustentável para os africanos. A carta está disponível na Internet (www.portugal.aefjn.org e www.epa2007.org ). A rede AEFJN conta com o apoio dos portugueses em geral e dos internautas em particular para o sucesso desta acção em favor do continente africano. A Rede África-Europa Fé e Justiça foi criada em 1988 por vários institutos religiosos e missionários. Hoje engloba 48 institutos que trabalham na Africa e na Europa e pretendem promover a justiça nas relações entre os dois continentes. Dispõe de um comité executivo e de um secretariado internacional com sede em Bruxelas, e de antenas nacionais em 11 países europeus. Estes responsáveis pedem ainda aos católicos que promovam uma oração comunitária por mais justiça e solidariedade com os países ACP, mais pobres e frágeis nestas negociações. A intenção é pedir “verdadeiros sentimentos de justiça, fraternidade e solidariedade aos negociadores dos Acordos de Parceria Económica, para que estes acordos possam resultar num verdadeiro desenvolvimento dos países mais pobres e na globalização do amor”.

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