«A Igreja é uma parceira fundamental» – sublinha Mónica Goracci, Chefe da OIM “As religiosas são uma componente fundamental na rede de assistência às vítimas de tráfico de Seres Humanos” – disse à Agência ECCLESIA Mónica Goracci, Chefe da Organização Internacional para as Migrações (OIM), em relação à acção de formação para religiosas sobre a assistência às vítimas do tráfico de seres humanos, em particular mulheres e crianças. O encontro que termina hoje (28 de Outubro) na Torre da Aguilha (Lisboa) foi organizado pela União Internacional de Superioras Gerais (UISG), em colaboração com a Organização Internacional para a Migração (OIM) e com o apoio da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP). Participa um grupo com cerca de 40 Religiosas, provenientes dos vários Institutos Religiosos Femininos, e algumas são oriundas de países de expressão portuguesa. As comunidades religiosas “ajudam e abrigam” muitas destas vítimas, especialmente, no tráfico de Seres Humanos “para a exploração sexual”. E adianta: “como trabalhamos com vários congregações achámos importante dar formação nesta área”. O curso é orientado por formadores especialistas na matéria, segundo uma metodologia de conferências, debate e trabalho de grupos. “O primeiro foi feito na Roménia onde elaborámos um manual de formação que tem referência à bíblia” – realçou Mónica Goracci. Em Portugal, o número de vítimas nesta área “não é conhecido” porque “existem poucos dados sobre este fenómeno”. A OIM pretende combater este flagelo por isso empenhou num projecto – em parceria com o Ministério da Administração Interna – para elaborar um Observatório sobre o Tráfico de Seres Humanos. “No final do projecto vamos criar um observatório” – sublinhou a chefe da OIM. E finaliza: “o trabalho em rede é fundamental para eliminar este fenómeno e a Igreja é uma parceira fundamental”.