As medidas para proteger o casamento terão passado todas, mas propostas para limitar o aborto foram derrotadas. Sem resultados definitivos, os três referendos estaduais cujo objectivo era limitar a noção de casamento a uma união entre um homem e uma mulher terão sido aprovados. No Arizona e na Florida os resultados parecem claros. Dúvidas permaneciam na Califórnia, com a CNN a prever uma derrota para a Proposição 8, e a MSNBC a prever uma vitória. O referendo na Califórnia terá sido mesmo o mais caro de sempre no Estado, com ambos os lados a contribuir para cima de 50 milhões de euros para a campanha. O Estado legalizou os chamados casamentos homossexuais há poucos meses, por decisão judicial, mas a aprovação da proposta vai pôr um fim imediato a essa prática. No Arkansas foi aprovada uma medida que proíbe a adopção por parte de homossexuais. Já em relação a outras questões fracturantes, como o aborto, os defensores das propostas que limitariam a sua prática não podem cantar vitória. Ainda na Califórnia terá sido chumbada uma iniciativa que previa a notificação dos pais de qualquer menor que procurasse abortar, tal como um período de espera de pelo menos dois dias. Medidas semelhantes foram chumbadas. Na Dakota do Sul, uma proposta de banir o aborto em praticamente todas as situações excepto em caso de incesto, violação ou perigo de vida da mãe, foi recusada pelos eleitores, tal como foi uma proposta no Colorado que codificaria a definição de “pessoa” para abranger a vida desde a concepção. Embora a questão do aborto não fosse mencionada, a medida era vista como uma preparação para se limitar o acesso à prática. A eutanásia foi aprovada em Washington, o estado de Michigan legalizou a investigação em células estaminais e a utilização de marijuana foi liberalizada no Michigan e em Massachusetts. O Washington torna-se o 13º Estado a permitir a utilização de drogas leves para fins terapêuticos, e Michigan descriminaliza a posse de drogas em pequenas quantidades.