Lisboa, 19 jul 2011 (Ecclesia) – A sociedade portuguesa está a ser desafiada para ajudar a comunidade cristã do Egito que, segundo o bispo de Assiut, D. William Kyrillos, “vive sob um clima de terror por causa de grupos radicais que desejam erradicar o cristianismo no país”.
Num comunicado emitido pela Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS), o líder da maior comunidade cristã egípcia traça um retrato de “urgência total” face às “provocações, intimidações e violência” que os seus fiéis têm vindo a suportar.
Os coptas, ou cristãos do Egito, representam neste momento 6 a 10% da população residente no país, estimada em mais de 80 milhões de pessoas, maioritariamente muçulmanas.
O ano de 2011 começou de forma trágica para a minoria religiosa, com um ataque bombista que matou 21 pessoas e feriu várias dezenas na igreja copta de al-Qiddissin, em Alexandria, a cerca de 200 quilómetros da capital Cairo.
Um episódio que se repetiu ao longo dos meses seguintes, com diversos locais de culto e seminários cristãos a serem alvo de ataques executados por grupos radicais islâmicos.
Para colaborar na recuperação dos diversos símbolos católicos que têm vindo a ser destruídos, a AIS acaba de lançar uma campanha em Portugal, visando para já “a renovação da igreja D. Bosco, em Alexandria, a reconstrução da igreja de Santa Maria, em Ain Shams, e a formação de padre coptas”.
D. Antonios Naguib, cardeal-patriarca de Alexandria, já fez também chegar aos portugueses pedidos de “oração e ajuda”, no sentido de “dar resposta às necessidades pastorais” existentes.
“Mais do que toda a ajuda que se puder canalizar para os irmãos cristãos do Egito, conta sublinhar o gesto de solidariedade do povo português, que também atravessa dificuldades económicas, mas que sabe, em todas as ocasiões, perceber o que é essencial”, conclui o comunicado da AIS.
Criada em 1947 pelo Padre Werenfried van Straaten, inspirado na mensagem de Fátima, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre é uma organização universal, dependente da Santa Sé, que apoia projetos pastorais em mais de 150 países onde a Igreja se encontra em dificuldades.
Anualmente, apoia cerca de 8000 projetos em todo o mundo e a sua missão assenta em três pilares: informação, oração e ação.
JCP