Cidade do Vaticano, 03 jan 2018 (Ecclesia) – O patriarca da Igreja copta-ortodoxa no Egito confirmou que os membros da comunidade vão celebrar o Natal, no dia 7 de janeiro, segundo o seu calendário próprio, e o governo vai proteger 2626 igrejas, com 230 mil soldados.
Tawadros II afirmou ao jornal ‘Al-Masry Al-Youm’ que as celebrações do Natal Ortodoxo vão decorrer normalmente em todas as igrejas do país, apesar dos ataques jihadistas contra a comunidade copta de Helwan, no sul do Cairo, no dia 29 de dezembro de 2017.
Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde do Egito morreram pelo menos 10 pessoas, dois polícias, oito civis cristãos e um dos terroristas.
O patriarca da Igreja copta-ortodoxa vai presidir às celebrações na catedral da Natividade de Cristo, na nova capital administrativa do Cairo, que vai ser inaugurada este sábado à noite, 6 de janeiro.
As máximas autoridades do Egito, como o presidente Abdel Fatah al-Sisi, vão participar nas celebrações na maior igreja Copta do norte da África e de todo o Oriente Médio.
Devido ao alerta de ataques terroristas foi anunciado um aumento das medidas de segurança e as autoridades vão colocar 230 mil pessoas a proteger as 2626 igrejas cristãs – 1326 coptas, 1200 protestantes e 200 católicas.
Os bispos também pediram aos féis que colaborem com as forças de segurança e permitam revistas e apresentem documentos de identidade quando entrarem nas igrejas.
A Rádio Vaticano destaca que várias igrejas no Cairo, na Alexandria e no Alto Egito instalaram detetores de metais e sistemas de videovigilância.
Os Coptas são cerca de 10% dos 93 milhões de egípcios e são a minoria religiosa mais numerosa na região; Mais de 100 fiéis coptas foram mortos no Egito em 2017.
De recordar que em dezembro de 2016, também no Cairo, um ataque contra a igreja de São Pedro e São Paulo provocou a morte de 25 pessoas e fez 49 feridos.
CB