Egito: Papa evocou coptas assassinados porque «não quiseram renegar a fé» cristã

Francisco reza pelos «mártires» de hoje, mais do que na Igreja dos primeiros séculos

Génova, Itália, 27 mai 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco evocou hoje em Génova, noroeste da Itália, os cristãos coptas ortodoxos que foram mortos esta sexta-feira, no Egito, num ataque armado.

“Rezemos pelos irmãos coptas, egípcios, que foram mortos porque não quiseram renegar a fé”, disse, perante centenas de membros do clero e de institutos religiosos reunidos na Catedral de São Lourenço.

“Em união com eles, com os seus bispos, o meu irmão Tawadros II, convido-vos a rezar, juntos, em silêncio, e depois uma Avé-Maria”, apelou, de improviso, ao saudar a assembleia que o recebeu na catedral da cidade italiana.

Após a oração, o Papa afirmou que os “mártires cristãos” de hoje “são mais do que nos tempos antigos, dos primeiros tempos da Igreja”.

“São mais”, insistiu.

Já esta sexta-feira, Francisco tinha condenado o “bárbaro ataque” contra cristãos coptas no Egito, que provocou a morte de mais de 20 pessoas, incluindo crianças.

O Papa falou num “ato de ódio sem sentido” e manifestou as suas condolências ao presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi numa mensagem enviada através do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

O balanço oficial das vítimas, até ao momento, é de 28 mortos – entre os quais duas crianças de 2 e 4 anos – e 22 feridos.

O ataque contra um autocarro que transportava peregrinos ao Mosteiro de São Samuel, o Confessor, ocorreu esta manhã na província de Minya, no sul do Egito.

Um grupo de homens com uniformes militares entrou no veículo e disparou com armas automáticas contra os passageiros.

O presidente da República Portuguesa enviou mensagem de condolências ao presidente do Egito.

“Foi com profunda consternação que tomei conhecimento do ataque contra cristãos coptas ocorrido na província de Minya, do qual resultaram inúmeros mortos”, assinala Marcelo Rebelo de Sousa.

Também o presidente da Assembleia da República manifestou a sua consternação pelo atentado terrorista no Egito.

"Foi com a mais profunda tristeza que tomei conhecimento da ocorrência de um novo atentado terrorista no Egito, na província de Minya, que causou dezenas de vítimas. A tolerância e a convivência pacífica entre diferentes comunidades e confissões religiosas são um bem inestimável", afirmou Ferro Rodrigues.

OC

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