Mais de 500 pessoas morreram nos confrontos dos últimos dias
Castel Gandolfo, Itália, 15 ago 2013 (Ecclesia) – O Papa lançou hoje um apelo à paz no Egito, onde mais de 500 pessoas morreram na sequência dos confrontos que opõem o regime militar aos apoiantes do presidente deposto.
“Desejo assegurar a minha oração por todas as vítimas e os seus familiares, pelos feridos e pelos que sofrem. Rezemos juntos pela paz, o diálogo, a reconciliação nessa queridas terra e no mundo inteiro”, disse Francisco, após a recitação da oração do Angelus, na localidade italiana de Castel Gandolfo, arredores de Roma.
O Papa comentava as “notícias dolorosas” que chegam do Egito, pedindo às milhares de pessoas presentes que rezem a “Maria, rainha da paz”.[[v,d,4115,]]
A onda de violência no Egito causou pelo menos 525 mortos na quarta-feira, informou hoje o Ministério da Saúde, entre os quais 202 manifestantes do campo de Rabaa al-Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais por todo o país.
Francisco falou ainda no 25.º aniversário da carta apostólica ‘Mulieris dignitatem’ (a dignidade da mulher), de João Paulo II, que apresentou como um documento que merece “ser retomado e desenvolvido”.
“Que todas as mulheres ali se encontrem a si próprias e à plenitude da sua vocação e que em toda a Igreja se aprofunde e se perceba cada vez mais o tão grande e importante papel da mulher”, prosseguiu.
Em conclusão, o Papa agradeceu a todos os presentes, em particular a um grupo de peregrinos vindos da Guiné, México e Argentina.
Francisco cumpriu a tradição papal de celebrar a solenidade litúrgica da Assunção de Maria em Castel Gandolfo, tendo deixado o Vaticano pelas 09h00 locais (menos uma hora em Lisboa), começando por visitar o mosteiro de clausura das religiosas Clarissas.
Às 10h30, na Praça da Liberdade, presidiu à Missa e ao Angelus, almoçando em seguida na residência pontifícia da localidade italiana, antes de visitar em privado a igreja de S. Tomás de Vilanova.
OC