«Renovar a fronteira do conhecimento» e ser «laboratório de uma cultura integrada» são objetivos apontados para o futuro
Lisboa, 03 fev 2017 (Ecclesia) – A Universidade Católica Portuguesa assinalou hoje 50 anos de história com a sessão académica que marca o início das celebrações e durante a qual foram homenageados beneméritos, entregues cartas doutorais e distinguidos os colaboradores há 25 anos na instituição.
Para D. Manuel Clemente, “o melhor que a Universidade Católica tem são os milhares de licenciados, mestres e doutores que, em Portugal e nos quatro cantos do mundo, transportam o que começaram a aprender e também uma experiência de conhecimento mútuo”.
“A universalidade dos saberes é também a universalidade das pessoas”, disse o magno chanceler da Universidade Católica Portuguesa (UCP) aos jornalistas após a sessão académica.
Para D. Manuel Clemente, a multiplicidade de escolas, cursos e especialidades não deve impedir que se procure o ideal de uma “cultura integrada”.
“Se a UCP puder ser o laboratório de uma cultura integrada, presta um enorme serviço à sociedade portuguesa”, acrescentou.
O cardeal-patriarca de Lisboa referiu também o reconhecimento que o Estado e a sociedade devem ter para com a UCP pelo percurso que faz “só por si”, sem apoios públicos.
A sessão solene do Dia da Universidade Católica Portuguesa, que se assinala em todo o país no primeiro domingo de fevereiro, tem este ano por lema “Construir a Cultura do Encontro”.
Para a reitora da UCP, os 50 anos da universidade “terão um carácter naturalmente celebratório, mas também avaliativo”, porque “a visão de transformação da universidade e o abraçar do futuro e dos seus riscos só poderão fazer-se com um diagnóstico robusto”.
Isabel Capeloa Gil anunciou que vão ser apresentados dois estudos por ocasião dos 50 anos da instituição, um sobre a História da Universidade Católica Portuguesa, coordenado e dirigido por Manuel Braga da Cruz, e o ‘Católica 50’, encomendado ao CESOP, sobre o “contributo efetivo da UCP para a criação de riqueza em Portugal”.
“Cumprimos, com confiança, 50 anos de transferência de conhecimento, 50 anos de internacionalização, 50 anos de qualidade de ensino e investigação. E ambicionamos muito mais”, sublinhou.
A reitora da UCP referiu que, para o futuro, a universidade deseja “inovar” e “renovar a fronteira do conhecimento”, a concretizar por um programa “realista” e de “grande fôlego” que prevê intervenções em “estruturas, pessoas e projetos, inovação e competitividade”.
Para a reitora da UCP, “a cultura do encontro rejeita os limites estreitos do individualismo, sem desprezar, contudo, o cultivo da autonomia, sem abdicar da autonomia, afirma os valores do bem comum e da comunidade, sem abdicar da dignidade individual, afirma a universalidade do diálogo, o direito à circulação do saber, mas também das pessoas, dos bens, das ideias, da informação”.
“A universidade é uma instituição nodal para a firmação de um modelo de sociedade fundado no encontro, no diálogo, no reconhecimento da diferença como estratégia essencial para a criação de valor cultural, social, económico e político”, sustentou Isabel Capeloa Gil na sessão solene do Dia da UCP.
Na sessão académica de celebração do Dia Nacional da Universidade Católica foram impostas as insígnias e entregues as cartas doutorais a 75 novos doutores de 2016, entregues medalhas de prata aos colaboradores que completam 25 anos na academia e atribuídos títulos de beneméritos da instituição a Alexandre Soares dos Santos, António Pinheiro Torres e, a título póstumo, Joaquim Silva Torres.
Este domingo, D. Manuel Clemente preside à Eucaristia que assinala o Dia da Universidade Católica na igreja do Seminário da Luz, em Lisboa, transmitida pela TVI.
PR