Escolas Católicas unidas num caminho de mobilização dos alunos, comunidades educativas e famílias
Fátima, 27 jan 2023 (Ecclesia) – Fernando Magalhães, presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), disse hoje à Agência ECCLESIA esperar que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 deixe marcas para o futuro da Pastoral Juvenil.
“Espero que (a JMJ) não seja só um evento para aqueles dias mas que deixe marcas para a Pastoral Juvenil renovada, alimentada e estimulada para o futuro”, assinala o responsável, em Fátima, onde decorre a IV Jornada de Pastoral das Escolas Católicas.
A iniciativa pretende “pensar em conjunto o que fazer para que a Jornada Mundial da Juventude não seja apenas um evento”.
O presidente da APEC sublinha que “há um trabalho nos colégios que tem sido desenvolvido em vista a mobilização dos alunos, comunidades educativas e famílias para a JMJ”.
“Há uma preocupação do que fica, nas orações, nos dias 23, nas jornadas de oração, nas idas do Comité Organizador Local às escolas e do contacto, tem havidos extraordinária colaboração entre a APEC e o COL para esse efeito”, acrescenta.
O sacerdote jesuíta, Duarte Rosado, foi um dos oradores nesta jornada, para falar sobre o tema “ A juventude de hoje”, recordando que esta é a primeira JMJ para nativos digitais.
O digital cria novas formas de comunicar e de relação, um dos grandes desafios e o que mais marca a juventude, e a juventude que já nasceu com isto, os nativos digitais, isto tem consequência na forma de viver e, particularmente na fé”.
O padre Duarte Rosado aponta a “questão do silêncio, da fé, da espera” como “momentos mais difíceis de viver do que há uns anos”, e, na sua perspetiva, “não ajuda à transmissão da fé e a experiência de fé”.
Apesar de considerar que o digital tem potencialidades evangélicas, o religioso jesuíta sente existir uma “dimensão de comunicação mais frágil, sem o cara a cara, mais virtual”.
“Tem potencialidade mas não substitui o encontro, não sou muito otimista”, conclui.
Conhecido pela sua música, o jovem sacerdote destaca que “toda a arte tem a potencialidade de chegar às pessoas sem barreiras”.
“O emocional chega diretamente e a pessoa ficar desarmada, essa é uma das potencialidades, toda a gente se deixa tocar pela música, pela linguagem universal e tocar diretamente”, afirma.
Já Teresa Folhadela interveio sobre a “experiência de acompanhar espiritualmente o COL e o trabalho em Igreja”, a forma de tocar os jovens numa JMJ.
“Se não houver encontro com Jesus pode haver muita logística mas vai sempre faltar alguma coisa”, indica a conferencista.
A responsável pelo acompanhamento espiritual do Comité Organizador Local (COL), de janeiro de 2021 a junho de 2022, recorda que a ideia veio de sonhar a JMJ e “dar alimento e ajuda a todos os que faziam caminho juntos”.
“Desde janeiro de 2021 havia email diário em que havia propostas de oração, fundamento teológico, olhar a visitação, depois atividades de unir as pessoas, isso é muito importante porque na JMJ as pessoas vêm de muito lado, de paróquias, movimentos e até de cidades diferentes e há uma mensagem e um caminho comum que nos junta”, destaca.
Teresa Folhadela refere ainda que “não haverá um encontro tão grande que junte tantas realidades diferentes como este, é uma oportunidade grande para a comunhão”.
PR/SN
Educação: Jornada de pastoral das escolas católicas reflete sobre o impacto da JMJ