Educação: Professoras destacam importância da disciplina de EMRC (c/vídeo)

Inscrição decorre durante período de registo e renovação de matrículas

Lisboa, 28 jun 2021 (Ecclesia) – Maria do Céu Bento de Oliveira, professora de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), disse que lecionar esta disciplina é um desafio positivo, apresentando aos alunos “uma proposta humana e de relação”.

“Nunca sabemos o que semeamos ou o que fica nos miúdos, mas resta sempre a esperança que fica lá alguma coisinha”, referiu à Agência ECCELESIA.

Professora há 22 anos, a entrevistada está há quatro anos na Escola da Damaia (distrito de Lisboa), onde a percentagem de alunos inscritos nesta disciplina “ronda os 90%”.

Maria do Céu Bento de Oliveira quis ser professora de EMRC “por curiosidade” e também “para saber um pouco mais sobre a Igreja”; antes de lecionar esta disciplina trabalhava na área da contabilidade, mas sempre gostou “de se relacionar com pessoas”.

A professora considera que “outras disciplinas estão mais direcionadas para a inteligência e raciocínio” e a EMRC “não está preocupada que os alunos saibam coisas mas que sejam”, considerando-a “uma mais-valia para a formação dos alunos”.

A função do professor de EMRC, acrescenta, é também “envolver a escola, toda a comunidade educativa”.

Na Damaia, os professores de EMRC “mexem em todas as atividades” e são “uma mais-valia para a escola, professores e pais”, acentua Maria do Céu Bento de Oliveira.

Mariana Marques também leciona Educação Moral e Religiosa Católica, mas na escola onde é professora tem “19 alunos inscritos em EMRC”, num universo de 800 alunos.

A docente considera que disciplina “lhe ofereceu muito ao nível de valores”.

Com poucos meses de experiência, Mariana Marques é professora na Escola Luis António Verney (Lisboa), onde foi “bem acolhida pela direção e pelos colegas” e notou que outros docentes “dão muito valor à disciplina”.

“O melhor motor para divulgar a disciplina são os alunos, realça.

Neste período de registo e renovação de matrículas, “o passar da palavra entre os alunos é importante” e a docente de EMRC deslocou-se também às turmas para “divulgar e dar a conhecer a disciplina”.

Com o tempo da pandemia, a disciplina de EMRC teve “de se reinventar” e abordar as temáticas com formas “mais lúdicas”, numa experiência “muito interessante”, sublinhou Mariana Marques.

A Concordata assinada em 2004 entre Portugal e a Santa Sé consagra a existência da disciplina de EMRC, sendo os professores propostos pelos bispos, nomeados pelo Estado e pagos pela tutela; é uma componente do currículo nacional, de oferta obrigatória por parte dos estabelecimentos de ensino e de frequência facultativa.

PR/LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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