Mortes ocorridas nos últimos anos em Lloret del Mar são «sinal de qualquer coisa de estranho», diz secretário-geral da Associação Portuguesa de Escolas Católicas
Lisboa, 03 abr 2012 (Ecclesia) – O secretário-geral da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) defendeu hoje que a morte de um jovem na localidade espanhola de LLoret del Mar deve levar pais e estabelecimentos a repensar as viagens de finalistas.
“Mesmo os jovens responsáveis, mesmo os filhos únicos muito acarinhados pelos pais, mesmo aqueles que nada faziam prever um desastre, falham, ou são vítimas. E não sabemos, é claro, quantos outros ‘desastres’ acontecem, que não vêm nos jornais, mas que deixam marcas indeléveis no espírito e no corpo de muitos jovens, com consequências para toda a vida”, alerta Jorge Cotovio, também diretor do Colégio Conciliar de Maria Imaculada, em Leiria.
Em texto publicado no Semanário Agência ECCLESIA, este responsável lembra que o falecimento de dois jovens de 17 anos, em 2010 e no último dia 25 de março, após quedas da varanda onde se encontravam, um “sinal de qualquer coisa de estranho”, destacando que estes eventos mostram que urge “repensar a educação” em família e “rever os valores que são transmitidos” nas escolas.
“Creio que as próprias escolas secundárias, em cumplicidade com as famílias, não vão mais aceitar mais que estes passeios se façam sem o acompanhamento (agradável, claro) de educadores, especialmente professores”, assinala.
Jorge Cotovio observa que “também a Igreja deve ter um papel importante” e “repensar as formas de não deixar fugir os cada vez menos adolescentes e jovens que frequentam a catequese e grupos juvenis”.
O secretário-geral da APEC deixa ainda votos de que sejam tomadas medidas para evitar que mais jovens, familiares, e amigos fiquem “marcados negativamente por viagens que assinalam não só o ‘fim’ do curso, mas também o fim de muitos sonhos e, às vezes, da própria vida”.
OC