Educação: «Há tantos jovens e bem qualificados a serem excluídos» – Bispo de Bragança Miranda

D. José Cordeiro presidiu à celebração de Bênção dos Finalistas do Instituto Politécnico de Bragança, onde lembrou que «a ciência incha e o amor enche»

Bragança, 23 abr 2016 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda afirmou hoje na homilia da Missa de Bênção dos Finalistas do Instituto Politécnico de Bragança que a falta do primeiro emprego faz com que os jovens sejam “excluídos” e leva muitos a “emigrar”.

“Há tantos jovens e bem qualificados a serem excluídos”, disse D. José Cordeiro na Catedral de Bragança-Miranda, acrescentando que por causa de não conseguirem o primeiro emprego “muitos têm mesmo de emigrar”.

Para o bispo de Bragança-Miranda, é necessário um “novo humanismo do trabalho, onde o centro de tudo seja o homem e não o lucro”.

“Pedimos sinceramente a Deus que ilumine a inteligência e o coração dos responsáveis da política, da economia e da educação, a fim de alcançarmos num novo humanismo do trabalho, onde o centro de tudo seja o homem e não o lucro, onde a economia deve «servir ao homem» e nunca «servir-se do homem», como aponta a doutrina social da Igreja”, referiu.

“O primeiro emprego é certamente a vossa grande expetativa”, lembrou D. José Cordeiro na Missa de Bênção, que é “um ato de gratidão pelo muito bem recebido e é, ao mesmo tempo, uma intercessão pelo futuro que agora começa”.

Dirigindo-se aos finalistas do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), o bispo diocesano disse, citando o Papa Francisco na exortação pós-sinodal 'A Alegria do Amor', que “a ciência incha e o amor enche” e apelou à necessidade de “reaprender com criatividade e generosidade a gramática básica da Misericórdia”.

“A justiça é dar a cada um o que lhe pertence, ou seja, dar-lhe o seu; a misericórdia é dar a cada um do meu. Por isso, a misericórdia e a caridade superam a justiça”, acrescentou.

D. José Cordeiro referiu também que “as obras de Misericórdia sem o amor não bastam e não servem à autêntica fraternidade e à santidade de vida”.

“ Sem o amor não somos humanos nem cristãos”, concluiu o bispo de Bragança-Miranda.

PR

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Agência ECCLESIA

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