Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã destaca empenho da Igreja Católica em «oferecer educação de qualidade»
Santarém, 12 set 2016 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal Educação Cristã e Doutrina da Fé considera que “não houve esclarecimento” sobre a revisão dos contratos de associação, lembrando que estes pretendiam “oferecer educação” onde não havia escola pública.
“Não havia qualquer interesse da Igreja, foi um serviço prestado à sociedade, com qualidade. Essas escolas hoje são desejadas pelos pais porque têm acompanhamento pessoal, as crianças, adolescentes, jovens estão em família, têm propostas”, disse D. Manuel Pelino à Agência ECCLESIA.
O bispo de Santarém considera que faltou explicar “ao público” o papel dos Contratos de Associação que, “no fundo”, tinham como objetivo “oferecer uma educação” àqueles que não tinham possibilidade de ir à Escola Pública.
Para o bispo de Santarém o serviço prestado pelas escolas com contratos de associação “é um estímulo” para a oferta da escola pública “não ser apenas só de conhecimento” mas ter um ambiente comunitário.
“O que nós desejávamos é oferecer uma educação de qualidade que não fosse apenas de conhecimentos mas também um caminho com valores, objetivos e ambiente comunitário. É isso que deve estar presente na escola privada, na escola com contratos de associação e na escola pública”, desenvolveu o bispo diocesano.
Para a Igreja Católica, acrescenta D. Manuel Pelino, o objetivo é fazer da Educação Cristã “não apenas a transmissão de conhecimentos” mas a “oferta de referência para a vida”.
“É um estímulo a rever a nossa catequese, o paradigma da doutrina, o paradigma escolar está muito presente e gente tem de passar para outro, da imagem, do caminho, do dinamismo da vida cristã”, acrescentou o presidente da Comissão Episcopal Educação Cristã e Doutrina da Fé, da Igreja Católica.
O atual Governo decidiu-se pela não abertura de novas turmas de início de ciclo já neste ano letivo em vários colégios com contratos de associação.
Em causa estão os contratos que o Estado celebra com escolas privadas para permitir a frequência dos colégios em condições de gratuitidade, como oferta educativa pública equiparada à das escolas estatais (contrato de associação), onde a rede pública é insuficiente.
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