D. António Augusto Azevedo deseja que «EMRC ajude a fomentar o crescimento de gente livre»
Lisboa, 29 mai 2024 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé afirmou que o webinar ‘Diálogo(s) sobre a Educação, EMRC e a Liberdade’ foi um “encontro especial” para tomar “consciência da importância da EMRC”.
“Que a EMRC ajude a fomentar o crescimento de gente livre. É uma disciplina diferente porque essa liberdade se exercita no ato de inscrição, isso faz muita diferença. Liberdade para aprofundar convicções e valores”, disse D. António Augusto Azevedo, no encontro online que reuniu pessoas de todo o país, onde “tomaram consciência da importância da EMRC na escola, na escola pública e na escola particular”.
O responsável católico destacou “quatro notas” a propósito da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, desejando que “seja espaço de liberdade na escola”: Descoberta, encontro, crescimento e pessoas livres”.
“As religiões só são autênticas quando são livres. Quando a religião se associa à coação ou à manipulação já não estamos no território de religião livre, que aqui a convicção religiosa seja lugar de liberdade”, desenvolveu o bispo de Vila Real, com uma “palavra de agradecimento” aos professores desta disciplina.
O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), da Igreja Católica em Portugal, está a promover a Semana Nacional da Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) (27 a 31 de maio), com o tema ‘EMRC: Lugar de Encontro com a Liberdade’, e realizou, esta terça-feira, o webinar ‘Diálogo(s) sobre a Educação, EMRC e a Liberdade’.
D. António Augusto Azevedo recordou que na visita Ad Limina, dos bispos portugueses à Cúria Romana, o Papa Francisco “manifestou preocupação sobre a formação e educação”, incentivou a Igreja a trabalhar na formação dos professores, enquanto o cardeal D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação (Santa Sé), “ouviu com muita atenção acerca do trabalho feito pela EMRC na escola”; Papa e cardeal português “valorizaram muito este trabalho”.
Mariana Carvalho, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), afirmou no webinar que decorreu ao fim da tarde desta terça-feira, que “o movimento associativo parental é dom ao serviço da educação e do outro”.
“Hoje vemos intolerância e incapacidade de lidar com emoções e modos diferentes de pensar e agir. Precisamos de uma aposta na saúde mental pois isso melhora a aprendizagem e as relações humanas que importa explorar; é esperado da EMRC, que seja lugar de encontro e é preciso desmistificar o que é a EMRC, importa trazer aos pais mais informação”, acrescentou esta Mariana Carvalho.
O diretor do Colégio católico Luso-Francês do Porto, José Rui Teixeira, assinalou que a liberdade tem com a educação “uma relação de inerência” e referiu que foram as ‘liberdades de abril’ que “trouxeram um paradigma de educação para todos”, alertando que “é urgente melhor liberdade e melhor educação”.
“Em relação à EMRC, esta disciplina tem condições para ser instrumento ao serviço da luta por uma liberdade que promova a liberdade e o bem comum. EMRC tem posição interessante na escola, a sua gratuidade é dom, é uma educação personalista que interrompe o ciclo amorfista e amoral e que enferma a escola, o relativismo”, acrescentou o professor e investigador.
No encerramento do webinar sobre ‘Diálogo(s) sobre a Educação, EMRC e a Liberdade’, o diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) incentivou que a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica “promova liberdade que tenha como finalidade o bem comum”.
“Uma polifonia humana, sempre numa dimensão poliédrica. Um contributo para a humanização da escola promovendo o espírito critico e a fraternidade não ser moral pela moral, mas uma reflexão ética para que a escola se cumpra levando mundo ao mundo das pessoas. O mundo que quisermos deixar às nossas crianças depende das crianças que deixarmos ao mundo”, concluiu o professor Fernando Moita, desejando que “o amor vire viral”.
PR/CB
Educação: Semana Nacional da EMRC apresenta disciplina como «lugar de Encontro com a Liberdade»