Educação Cristã: Esforço pedagógico tem de ser assumido pela família e comunidade

Bispo de Santarém presidiu a missa inaugural da semana nacional dedicada ao setor

Cartaxo, 30 set 2013 (Ecclesia) – D. Manuel Pelino, bispo de Santarém, explicou, este domingo, que “não há educação eficaz sem esforço, sem sacrifício, sem combate” e destacou a ação dos pais, avós, encarregados de educação e dos catequistas.

D. Manuel Pelino explicou na homilia deste domingo, que marca o início da Semana Nacional de Educação Cristã, que as iniciativas que a Igreja Católica vai realizar têm o objetivo de “sensibilizar os fiéis e as pessoas de boa vontade para a importância fundamental da educação cristã no desenvolvimento integral e harmonioso da pessoa humana”.

“A educação cristã desenvolve-se em muitas atividades e envolve muita gente: famílias, paróquias, catequese da infância e adolescência; EMRC nas escolas; formação cristã de jovens e adultos”, assinalou o bispo de Santarém, na igreja paroquial do Cartaxo, em intervenção enviada à Agência ECCLESIA.

O prelado explicou que todos somos discípulos e educadores, uma vez que é necessário educar a fé para a “guardar viva e irradiante” e relembrando o lema da semana ‘Guardar a fé – Guardar o Outro’ acrescentou que é necessária esta atenção em relação ao semelhante: “Não como pessoas ou grupos isolados mas como membros ativos da família e da comunidade cristã, a escola fundamental da educação da fé”.

A ação dos catequistas, e outros educadores da fé, só tem eficácia e “se torna visível em gestos e sinais”, com o apoio da família e da comunidade, desenvolveu.

“Passar de uma igreja de clientes de serviços religiosos a uma comunidade de discípulos” é o desafio que D. Manuel Pelino encontra na responsabilidade conjunta que cada um tem por guardar a fé do outro.

Segundo o prelado, as leituras deste domingo, nomeadamente o Evangelho do rico avarento e do pobre Lázaro, alertam para um valor ligado à educação cristã, “a solidariedade, associada à bondade e à responsabilidade pelo bem dos outros”.

Ainda hoje, apesar do “investimento” na educação se encontram muitas expressões de “individualismo, de indiferença aos outros, de acomodação em privilégios, de vida indolente e vazia”: “Esta é uma pobreza humana que a educação cristã procura vencer”, explicou o bispo de Santarém, que transpôs a leitura para a atualidade e recordou a viagem do Papa a Lampedusa.

D. Manuel Pelino relembrou os mais desfavorecidos e assinalou que “cuidar do outro” é “prestar-lhe atenção, carregar com os seus problemas, acompanhá-lo nos caminhos da verdade e do bem”.

Por isso, para guardar a fé é necessário combater “o individualismo fechado, a sensualidade egoísta, a indiferença, a indolência e o vazio humano” e é necessário “renunciar ao comodismo” e “às conveniências pessoais”, assinalou o bispo de Santarém.

CB/OC

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